Com o passar dos
séculos, a religião cumpriu um papel fundamental de guiar e direcionar a moral
humana, ditando crenças, condutas e tradições. Cada religião ao redor do mundo
tem seus próprios dogmas e conceitos de “paraíso”, mas uma coisa que comum à
maioria das religiões é a batalha entre o bem e o mal.
Tomando
a religião cristã como exemplo, a alma ser humano é alvo da eterna batalha
entre Deus (o bem) e o Demônio (mal). Segundo a tradição cristã, Lúcifer (que
seria o Demônio) usa de todas as suas armas para ludibriar e conseguir
infernizar – literalmente – o ser humano e conseguir sua alma. E uma dessas
armas é a possessão.
Existem
inúmeros casos e relatos de possessão demoníaca ao redor do mundo. Crianças,
jovens e adultos que, supostamente, foram usados como “casa” por alguma
entidade demoníaco e perturbando tais indivíduos ao ponto da loucura ou morte.
Um caso que ficou mundialmente famoso foi o da jovem alemã Anneliese Michel,
que ganhou até um filme – O Exorcismo de Emily Rose.
A
suposta possessão ocorreu entre os anos de 1975 e 1976, e ficou conhecido como
‘caso Klingenberg’ (sendo totalmente documentado pela Igreja Católica). O
exorcismo que foi realizado para tentar libertá-la acabou levando-a à morte.
Anneliese era uma
garota alegre e muito cristã, com uma fé extraordinária. Mas mesmo assim, teve
seu corpo físico invadido por entidades demoníacas (segundos os relatos e
documentos da época). Indo por esse viés, surge a pergunta: por que até pessoas
com fé e cristãs são possuídas? Como acontece uma possessão demoníaca?
Segundo
a tradição cristã (principalmente católica), um dos motivos que poderiam levar
uma pessoa a ser possuída por um demônio é a prática do pecado. No livro
bíblico de Gênesis é dito que “o pecado jaz a porta, e que o desejo será contra
nós”. Algo como um alerta, um aviso de “Cuidado!”. Mas se Annelise Michel, por
exemplo, era uma moça cristã e correta, por que seis demônios (segundo os
registros) se apoderaram de seu corpo?
De
acordo com especialistas em possessão e exorcismo como o Pe. Gabriele Amorth,
algumas pessoas mesmo sendo bondosas e com uma grande fé cristã podem ser
possuídas por demônios. Isso serviria para “provar o poder Divino” na Terra, e
fazer do indivíduo um “mártir” para mostrar do que o Diabo seria capaz contra a
humanidade.
Quando surge a
suspeita de que uma pessoa está possuída, primeiro toda e qualquer
possibilidade de doença física deve ser descartada, e os exames médicos devem
ter resultados vagos sem explicação para os sintomas (que são muitos e
assustadores).
Os
primeiros sinais de possessão demoníaca são as mudanças na personalidade. O
indivíduo que antes era doce e simpático, repentinamente se torna agressivo,
fala palavrões que normalmente nunca diria, tem a feição sempre rude e
demonstra um comportamento ligeiramente vulgar (sexualmente falando).
Logo depois, o suposto
possuído – que antes tinha uma boa saúde – passa a desmaiar com frequência, tem
convulsões violentas e passar a apresentar conduta auto lesiva (corta o próprio
corpo, arranca tufos de cabelo, bate a cabeça na parede com violência). E já
nos últimos sintomas, a pessoa começa a falar línguas que nunca estudou na vida
– com a voz totalmente irreconhecível -, tenta agredir com furor os outros à
sua volta e demonstra extrema aversão à termos e objetos considerados santos.
Atualmente,
a Igreja Católica recorre ao exorcismo apenas em casos extremos, e possui
padres e bispos especialistas nesses rituais. Entretanto, a aprovação para a
realização do exorcismo é um processo longo e burocrático, e é sempre feito
longe de todo e qualquer holofote da mídia e da comunidade.
E
você, acredita na possessão demoníaca ou acha que é apenas um grave delírio
mental?
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