Oi gente, hoje vim compartilhar com vocês alguúns dos assassinos em série mais famosos do nosso País. São muitos assassinos por aí, mas alguns merecem destaque pela brutalidade e o sengue frio com que matam suas vítimas. Para que a lista não ficasse extensa demais escolhi alguns dos mais conhecidos... acompanhe.
Francisco das Chagas Rodrigues de Brito
Francisco das Chagas Rodrigues de Brito
O mecânico de bicicletas Francisco
das Chagas Rodrigues de Brito, de 45 anos, foi condenado, em julgamento
encerrado dia 27/08/09, a 36 anos e 6 meses de prisão. Francisco era acusado
dos homicídios de duas crianças na cidade de São José do Ribamar, cidade na
região metropolitana de São Luís (MA). Também foi condenado por ocultação de
cadáver e vilipêndio (isto é, atitude desrespeitosa com os corpos).
Estes crimes ocorreram no ano 2000.
Duas crianças, de 10 e 11 anos, foram mortas. Contudo, não é a primeira vez que
Francisco das Chagas é julgado. Em 2006, Francisco já havia sido condenado a
mais de 20 anos de prisão pelo homicídio de um adolescente de 15 anos – a pena
seria maior, mas foi reduzida porque Francisco foi considerado semi-imputável,
isto é, considerou-se que ele possui um transtorno mental (o transtorno de personalidade
anti-social) que reduz sua capacidade de controlar seus impulsos. Neste
julgamento atual, a pena também foi reduzida, pelo mesmo motivo, em um terço.
Na verdade, suspeita-se que Francisco
das Chagas tenha matado mais de 40 crianças e jovens do sexo masculino, entre
1989 e 2003, o que o tornaria um dos mais agressivos serial killers brasileiros –
teriam sido 30 vítimas no Maranhão (também na cidade de Paço do Lumiar) e 12 no
Pará.
Sua história ficou conhecida como “o
caso dos meninos emasculados do Maranhão e de Altamira (PA)”, pois o assassino
mutilava os órgãos sexuais da maioria das vítimas.
Porém, este não era o único ato
bárbaro de Francisco. As mortes eram por asfixia ou com uso de objetos
cortantes. Antes, ele abusava sexualmente dos garotos. Depois de mortos, de
alguns ele cortou a cabeça ou dedos, de outros queimou o corpo.
Segundo o promotor do caso atual,
Francisco, que está preso desde 2004 (ano em que foram encontradas duas ossadas
enterradas na sua casa), confessou os crimes e colaborou com as investigações,
mas às vezes se divertia fazendo um “jogo” testando a capacidade dos policiais
em desvendar a história.
Vítima de um serial killer
Jonatham Silva Vieira é o nome de um
jovem de 15 anos que Francisco das Chagas Brito matou em 2003, no Maranhão.
Jonatham foi o primeiro dos homicídios de Francisco a ser levado a julgamento,
em 2006.
Do garoto só se encontrou a ossada,
sendo impossível determinar se ele havia sido emasculado.
Neste julgamento, Francisco chorou ao
ser interrogado pelo juiz, contando que, na infância, além de ter sido
espancado pela avó “até sangrar”, também foi violentado por um adulto, de nome
“Carlito”. Francisco disse que, ao matar Jonatham, estava vendo no jovem o seu
agressor, Carlito. Anteriormente Francisco tinha negado o crime, dizia que as
mortes oram provocadas por “uma força superior”.
A irmã de Francisco, ao depor, disse
que ele realmente apanhava da avó. O advogado de Francisco contou que o
assassino lhe disse que sua avó mantinha, em uma parede, uma lista de atitudes
que eram proibidas. Assim que Francisco atingisse oito “pontos”, era surrado.
A infância e a vida de um serial
killer
A mãe de Francisco abandonou o esposo
quando a criança tinha quatro anos. O pai, dois anos depois, o deixou com a
avó.
Às vezes o pai aparecia com uma
mulher a tiracolo, mas esta não aceitava Francisco como filho. Morando com a
avó, Francisco trabalhava vendendo bolos na rua.
O assassino, já adulto, chegou a
morar com uma mulher, com a qual teve duas filhas. Francisco morou no Pará, em
Altamira, onde é acusado de ter matado 12 meninos. E no Maranhão, onde pesa
sobre ele a acusação de 30 homicídios.
Francisco diz que, apesar de ter
parentes, era solitário. Sua “diversão” era ficar sozinho, à noite, jogando
pedras em gatos.
Durante várias fases dos processos,
Francisco já assumiu os crimes, já os negou, já deu várias declarações
confusas, contraditórias. Em uma entrevista, tentou negar que tivesse extirpado
os órgãos sexuais dos garotos, assim: “Se eu tivesse feito isso, tinha dinheiro.
Não moraria humildemente.” (querendo sugerir que poderia ter vendido os pênis
para traficantes de órgãos…). Ou: “A pessoa, quando morre, começa a diluir, a
desmanchar.”.
Modus operandi de um serial
killer
As vítimas de Francisco das Chagas
eram meninos entre 10 e 14 anos, geralmente. A exceção, aparentemente, é um
garoto de 4 anos, parente de sua ex-mulher.
As crianças eram pobres e moravam
perto de onde Francisco residia. Muitas eram vendedores ambulantes, como
Francisco já havia sido.
Francisco as atraía para uma mata
fechada, geralmente com algum convite como irem pegar frutas. Dunte as
investigações, Francisco conseguiu apontar com exatidão onde estavam vários
corpos.
A negligência das investigações gerou
ao Brasil e ao Maranhão um processo na OEA (Organização dos Estados
Americanos). Porintermédio da OEA, as famílias das
vítimas passaram a receber uma pensão.
Marcelo Costa de Andrade – O Vampiro
de Niterói
Marcelo Costa de Andrade é
conhecido como o “Maníaco” ou “Vampiro” de Niterói. Ele, um garoto com cara de
filhinho de papai de aparência inofensiva, é na verdade um psicopata religioso,
um dos mais famosos seriais killers do Brasil. Filho de imigrantes pobres do
Nordeste, Marcelo cresceu na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Ele viveu sem água corrente e
apanhava regularmente do seu avô, do seu padrasto e da sua madrasta. Quando
tinha 10 anos foi abusado sexualmente. Aos 14 começou a se prostituir para
viver. Ele foi enviado para um reformatório, mas escapou. Aos 16 anos ele
começou um relacionamento homossexual com um homem mais velho. Aos 17 anos
tentou estuprar seu irmão de 10 anos.
Quando ele tinha 23 anos terminou sua
relação homossexual e ele voltou a morar com sua mãe e seus irmãos que se
mudaram para Itaboraí, cidade próxima a São Gonçalo, região metropolitana do
Rio de Janeiro. Lá encontrou emprego distribuindo panfletos de uma loja do
bairro de Copacabana.
Ele também entrou para a Igreja
Universal do Reino de Deus e começou a ir à igreja quatro vezes por semana.
Apesar de algumas idiossincrasias e seu estranho e incoerente sorriso, sua vida
parecia normal. Isto é, até Abril de 1991, quando aos 24 anos, ele começou a
matar.Ao longo de um período de nove meses Marcelo registrou 14 mortes.
Suas vítimas eram meninos de rua que
ele atraia para áreas desertas, estuprava e estrangulava. Ele também praticava
necrofilia, decapitou um dos meninos, esmagou a cabeça de outro, e, em duas
ocasiões, bebeu o sangue das vítimas.
Mais tarde, ele confessou que sua
sede vampírica foi simplesmente para “tornar-se tão bonito quanto os meninos”.
Violência no Rio é comum e a contagem de corpos por dia é tão grande que as
autoridades nunca suspeitaram que o crescente desaparecimento de meninos
pudesse ser trabalho de um serial killer. Geralmente eles são vítimas de grupos
de extermínio.
Andrade confessou: “Eu preferia
garotos porque eles são melhores e tem a pele macia. E o pastor disse que as
crianças vão automaticamente para o céu quando morrem antes dos treze. Então eu
sei que eu fiz um favor os enviando para o céu”.
Em dezembro de 1991 sua matança
chegou ao fim quando ele “se apaixonou”, pelo garoto de dez anos Altair de
Abreu e poupou sua vida. Marcelo encontrou o jovem e seu irmão de seis anos de
idade Ivan no terminal de ônibus de Niterói.
Ele lhes ofereceu dinheiro para
ajudar a acender velas para um santo na igreja de São Jorge. O sobrevivente à
polícia: “Nós estávamos indo para uma igreja, mas como quando estávamos
atravessando um terreno vazio, Marcelo virou Ivan e de repente começou a
estrangulá-lo. Fiquei com tanto medo que eu não consegui fugir. Eu vi com
atenção o horror, lágrimas escorriam pelo meu rosto, como ele matou e estuprou
meu irmão.
Quando ele tinha acabado com Ivan,
ele se virou para mim, me abraçou e disse que me amava”. Então ele convidou
Altair para morar com ele. Assustado com a morte do irmão, o rapaz concordou em
passar a noite com Marcelo no meio de arbustos. Na manhã seguinte, o assassino
e o levou seu amado Altair para trabalhar com ele.
Quando chegaram o escritório estava
fechado. O jovem aterrorizado conseguiu escapar. Ele pegou uma carona no
caminho de volta para casa e disse à sua mãe que tinha se perdido de seu irmão.
Alguns dias depois, pressionado por sua irmã, o menino disse a verdade.
Enquanto isso Marcelo, um assassino verdadeiramente atencioso, voltou à cena do
crime para colocar as mãos de sua vítima dentro da cueca ”para que os ratos não
pudessem roer os seus dedos”.
Quando a família de Ivan foi à
polícia, Marcelo, que manteve a sua rotina diária, foi preso calmamente na loja
onde trabalhava no Rio de Janeiro. “Eu pensei que você ia vir ontem”, disse aos
policiais. Inicialmente, a polícia pensou que o assassinato de Ivan era um caso
isolado. No entanto, dois meses depois, a mãe de Marcelo foi chamado para depor
sobre o estranho comportamento de seu filho.
Uma noite, ela disse, ele saiu de
casa com um facão “para cortar bananas”. Ele retornou na manhã seguinte sem
bananas. Em poucos dias Marcelo confessou 14 assassinatos e levou a polícia aos
restos mortais de suas outras vítimas. Ele perguntou para policiais, se alguma
vez pelo mundo, houve algum caso como o dele e disse que matou porque gostava dos
meninos e não queria que eles fossem para o inferno.
Marcelo chegou a ser internado em um
hospital psiquiátrico, mas hoje ele está na cadeia. Em fevereiro de 1997,
Marcelo fugiu da cadeia e foi encontrado 1 dia depois no Ceará. Certa vez
acreditavam que ele pudesse ter matado uma 15 vítima, dessa vez uma garota,
mas, Marcelo disse que não matou nenhuma garota porque nunca gostou de garotas
e que matar não adiantava, porque elas não iriam para o Céu de maneira nenhuma.
Adriano da Silva – O Monstro de Passo
Fundo
O serial killer da região de Passo
Fundo Adriano, a quem se atribuíram 12 mortes, embora ele admita apenas oito,
foi preso no Município de Maximiliano de Almeida, na divisa do Rio Grande do
Sul com Santa Catarina, em janeiro de 2004.
Na Polícia e em Juízo, Adriano,
também conhecido como Monstro de Passo Fundo, revelou detalhes sobre as mortes
dos meninos, revelando – sem demonstrar nenhuma emoção – como imobilizava suas
vítimas.
Garantiu também que só abusava
sexualmente dos meninos depois de matá-los. Nunca, segundo o depoimento, levava
nada das crianças, nem roupas ou objetos. Adriano já tinha sido condenado por
latrocínio, roubo seguido de morte, formação de quadrilha e ocultação de
cadáver, no Paraná. Silva era procurado desde 2001, quando teria escapado da
cadeia no Paraná, onde cumpria pena de 27 anos pela morte desse taxista.
Desde então, circulou pelo interior
gaúcho sob nomes falsos e vivendo de bicos. Interrogado pelos policiais, Silva
confessou os crimes. Dos 27 anos de detenção que tinha para cumprir, fugiu
depois de seis meses. Durante as investigações feitas pela Polícia gaúcha do RS
chegou a ser preso, mas foi solto por falta de provas.
O assassino carregava luvas e um
lenço, para não deixar impressões digitais. Questionado sobre tamanha
brutalidade, Silva falou de “uma vontade íntima, de um vício”. Um detalhe
espantoso nesse caso é que, nos últimos meses, antes de ser definitivamente
acusado e confessar as oito mortes, o presidiário chegou a ser detido três
vezes – uma por furto, outra por estar com uma faca e a terceira quando o avô
de um dos meninos mortos suspeitou dele.
Mas acabou solto em todas as ocasiões
porque a polícia não sabia estar diante de um foragido. Silva disse aos
policiais ter perdido os documentos e se identificou como Gabriel, nome de seu
irmão. A desculpa foi suficiente para enganar a polícia, mas já se sabe que
nada teria acontecido ainda que Adriano da Silva fosse identificado.
Durante muitos meses, a Secretaria de
Segurança do Paraná, Estado de onde ele fugiu, deixou de alimentar o sistema
nacional de informações policiais. Ou seja, não haveria como saber que se
tratava de um bandido foragido. Em liberdade, Silva mataria uma vez mais.
Novamente, a polícia o capturou com a
ajuda de uma testemunha que viu a vítima com o assassino.Entrevistado em 2010
ele alegou que só cometeu um dos 12 homicidios e que foi forçado a confessar os
demais crimes, alegando que uma rede cometia os assassinatos e que se ele se
negasse a confessar, a familia dele correria riscos.
Eudóxio Donizeti Bento
39 anos, foragido da penitenciária de
Presidente Venceslau. Três das vítimas, todas do sexo feminino, inclusive uma
criança de nove anos, foram estupradas e tiveram as cabeças decepadas.
Marília,SP – A Delegacia de
Investigações Gerais (DIG), de Presidente Prudente, desvendou ontem a autoria
de sete homicídios ocorridos desde 1989, com a confissão de Eudóxio Donizeti
Bento, que também usa o nome de Donizeti Bento de Jesus
Segundo o delegado Marco Antônio
Scaliante Fogolin, titular do setor de homicídios da DIG, o criminoso foi preso
em Caarapó(MS), na semana passada, durante as investigações para desvendar a
morte da menina Amanda Cristina de Lima, de 9 anos, ocorrida em fevereiro deste
ano. A menina foi levada para um matagal próximo de um córrego entre a cidade
de Álvares Machado, no Oeste do Estado e o distrito de Coronel Goulart, onde
foi estuprada e morta. Sua ossada foi encontrada no local, um mês depois, sem a
cabeça.
Nos interrogatórios, Bento confessou
ter estuprado, matado e decepado, Olívia Nascimento Lima, 29 anos, e a
enfermeira Fátima Sueli Pereira de Souza, 23 anos, todas de Presidente
Prudente, respectivamente nos anos de 1991 e 1999.
Ele também admitiu ter assassinado a
tiros ou facadas um homem identificado apenas como Adelício, em Birigui, no ano
de 1989; uma mulher de nome Zélia e seu filho Mário de 5 anos, em Carapó (MS),
em 1992, e Aparecido Prudêncio de Oliveira, 39 anos, em Pirapozinho, em
1999. Os crimes foram confirmados e que nos casos da região de Prudente, o
assassino mostrou os locais onde enterrou os corpos.
Estrangulador do Morumbi é libertado
após passar 30 anos na cadeia
Depois de passar 30 anos na cadeia,
José Paz Bezerra está novamente nas ruas. Ele cumpriu a pena máxima pelo
assassinato de sete mulheres.
Bezerra, 56 anos, o “Estrangulador do
Morumbi”, como ficou conhecido, está em liberdade desde segunda-feira. Os últimos
22 anos de sua pena ele cumpriu na Penitenciária do Estado, na capital
paulista.
Bezerra ficou famoso em todo o país
no final dos anos 60 e início dos 70. À época, ele trabalhava como mordomo em
mansões do Morumbi (zona oeste). Todas as suas vítimas mantiveram um
relacionamento amoroso com ele e morreram estranguladas. Considerado bonito e
charmoso, ele se aproximava com facilidade das mulheres.
Em apenas nove dias, de 16 a 25 de
junho de 70, Bezerra agiu cinco vezes. Nesse período, três mulheres foram brutalmente
estranguladas no Morumbi e duas outras em São Bernardo do Campo (ABC).
Para ganhar a confiança das mulheres
que matava, Bezerra se aproximava de seus amigos e parentes com o intuito de
criar um vínculo com a vítima.
Após assassinar as mulheres, Bezerra
tinha o hábito de guardar em sua casa as peças íntimas das vítimas.
Bezerra agiu em São Paulo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro e Pará, Estado em que finalmente foi apanhado, em 12 de
novembro de 71.
O ódio compulsivo que sentia por
mulheres era explicado por especialistas da época como consequência de um
sentimento de ódio que Bezerra sentia pela própria mãe.
Segundo o Estrangulador do Morumbi,
quando era criança sua mãe mantinha relações sexuais com diversos homens na sua
frente. “Ela era uma mulher da vida, de programa”, declarou Bezerra em
entrevista por telefone.
Apesar de condenado por sete
homicídios, o ex-mordomo afirma que matou muito mais. “Pelas minhas contas
foram 24 mulheres”, diz com naturalidade. A Justiça, porém, não conseguiu obter
provas para incriminá-lo em todos os homicídios que afirma ter praticado.
Livre e sem dívidas com a Justiça,
Bezerra diz agora estar recuperado. “Todo esses anos sem desfrutar da liberdade
me fizeram refletir e mudar meu modo de pensar. Tenho certeza disso”.os, o
ex-mordomo afirma que matou muito mais. “Pelas minhas contas foram 24
mulheres”, diz com naturalidade. A Justiça, porém, não conseguiu obter provas
para incriminá-lo em todos os homicídios que afirma ter praticado.
Livre e sem dívidas com a Justiça,
Bezerra diz agora estar recuperado. “Todo esses anos sem desfrutar da liberdade
me fizeram refletir e mudar meu modo de pensar. Tenho certeza disso”.
Nascido em Tambaú. Atacou de 1950 a
1953. Era casado, mas não podia fazer sexo com sua mulher por seus vários problemas
de saúde. Tinha um impulso sexual incontrolável, chegando a atacar 5 pessoas
num só dia, sem ainda se sentir saciado.
Gostava de meninas, principalmente
japonesas. Anotava todos os crimes num caderninho. Estava sempre de terno e
chapéu e com uma pasta na mão, que continha uma corda com uma laçada.
Entre estupros e tentativas de
violência sexual cometeu 29 crimes na Grande São Paulo na década de 50. Dez de
suas vítimas acabaram mortas. O “Monstro de Guaianazes” pedia a elas que
fizessem sexo com ele. Ao ouvir a recusa, arrastava-as para locais ermos e
cometia os crimes. Quando despia as vítimas meninas as cobria com as peças de
seu vestuário, quando mulheres as deixava completamente nuas e descobertas.
Foi preso em 1952. e morreu na prisão
de infarto em 1976.
Anestor Bezerra da Silva – O matador
de taxistas
Um mistério para a polícia! Um homem
combina uma corrida – longa – de táxi e, de repente, os motoristas desaparecem.
Alguns já reapareceram mortos. Nossos repórteres investigam a história do
matador de taxistas!
Agosto de 2004. Um desconhecido chega
à cidade de Pouso Alegre, sul de Minas. Contrata uma corrida de táxi para São
Paulo. O motorista não pode viajar. Mas convida um amigo para fazer o serviço:
Daniel de Souza Lima.
“Pediu pro Daniel levar o rapaz em
São Paulo. Eles saíram pra levar o rapaz e ele não apareceu mais”, conta José
de Oliveira Lima, pai de Daniel.
Daniel pega o desconhecido na hora
marcada. Segue pela estrada. Um dia depois, o corpo dele é encontrado com um
tiro na cabeça, em São Paulo.
Daniel foi a última vítima
identificada pela polícia de um assassino em série que vem atacando motoristas
de Minas Gerais. A tática é sempre a mesma: ele contrata uma corrida para São
Paulo e o taxista e o carro desaparecem. Com a morte de Daniel já são seis as
vítimas nos últimos 40 dias.
O primeiro ataque foi em Porteirinha.
O taxista Edmárcio Martins, dia 23 de julho. Em Inhapim, o assassino pega o
táxi de José Wanderley de Souza, dia 5 de agosto. O último contato do motorista
com a família foi num posto de gasolina.
“O frentista falou que ele estava acompanhado
de um rapaz, e o rapaz estava muito agitado, andava de um lado pro outro. E meu
irmão parecia tranqüilo”, declara a irmã de José Wanderley.
Quatro dias depois, outra vítima:
Hélio Gualberto Lord, em Lassance. No dia 12 de agosto, o ataque é na capital,
Belo Horizonte. O motorista Flávio Augusto de Souza também desaparece. Dia 19
de agosto. A vítima é Willian Max de Souza Carvalho, na cidade de João
Pinheiro. E, cinco dias depois, Daniel de Souza Lima, em Pouso Alegre.
“A notícia que temos é que o corpo
foi encontrado e que o irmão reconheceu”, conta Rita de Cássia Luna, amiga de
Daniel.
Willian e Flávio continuam
desaparecidos. Os corpos de Daniel, Edmárcio, José Wanderley e Hélio foram
encontrados numa região de mata fechada em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Não muito longe de onde mora a família do principal suspeito dos crimes: Anestor
Bezerra de Lima.
“O perfil dele é de um criminoso
comum. Mas com um profundo distúrbio psicológico. Ele não tem mais mecanismos
para frear o ato violento. E essa falta de mecanismos está levando ele a
cometer crimes em série, e muito próximos um do outro”, analisa o delegado
Marcos Carneiro Lima.
Ex-motorista de ônibus, Anestor foi
demitido por restrição em avaliação psicológica. O laudo aponta desestruturação
psíquica e comportamento de grandeza e hostilidade.
“Na avaliação é dito que ele não
aceita ordens, regras e normas. É um sujeito crítico, ou seja: uma bomba de
retardo, pronta pra explodir a qualquer momento”, compara o delegado Lima.
Para identificar o homem –
considerado o maior assassino em série de São Paulo desde a prisão do Maníaco
do Parque – primeiro foi feito o retrato falado. Seguindo orientação de quem
viu Anestor pegar os táxis.
“Ele tem estatura de 1,75m,
aproximadamente. Ele possui a pele branca, tem cabelos curtos e castanhos. Tem
os olhos castanhos”, detalha a delegada Cristina Cicarelli Masson.
Num vídeo, que o Fantástico mostra
com exclusividade, Anestor aparece com óculos. Foi filmado quando participava
de uma festa em Minas.
“A imagem congelada e a fotografia
apresentada às demais testemunhas dos outros casos, o que possibilitou seu
reconhecimento imediato”, explica a delegada Cristina.
A principal pista veio de um número
de telefone que Anestor deixou com uma mulher, em Minas. Era de uma farmácia,
perto de uma casa onde ele morou, em Diadema, São Paulo. Pela foto, os
policiais do bairro identificaram Anestor Bezerra de Lima. Já fichado como
ladrão e golpista.
“É pessoa que tem poder de
convencimento muito grande, constrói uma história, e as pessoas acreditam na
história, mesmo porque ele é estelionatário. Essa é uma característica do crime
de estelionato”, diz a delegada Cristina.
O criminoso ainda desafiou a polícia.
Ligou para o delegado cinco vezes, quando a mãe foi levada para depor. E mais:
o assassino de taxistas chegou a conversar por telefone com a família e amigos
das vítimas. E passava informações falsas.
“Ele se identificou como sargento
Gabriel. Me deu a informação de que tinha ocorrida um acidente com uma van
branca e que o Daniel estava em coma num hospital de Itajubá”, conta uma amiga
de Daniel.
A ligação foi feita de Campinas,
interior de São Paulo, no sábado, 28 de agosto. Dois dias depois, um taxista de
Campinas aparece morto na beira de uma estrada. O carro não foi levado. O
motorista acionou o bloqueio de gasolina. Jaime Andrade da Silva, mineiro, de
52 anos, pode ser a sétima vítima do assassino de taxistas.
Douglas Baptista – O Maníaco de
Santos
Investigadores de São Vicente
(litoral de São Paulo) começaram a vasculhar os arquivos do DHPP (Departamento
de Homicídios e Proteção à Pessoa), em São Paulo, em busca de casos de crianças
desaparecidas cujos corpos tenham sido encontrados com pés e mãos amarrados.
Essa era a principal característica
dos crimes atribuídos ao caminhoneiro Douglas Baptista, 52, acusado pelas
mortes de oito crianças com idades de cinco a 12 anos, cometidos na Baixada
Santista entre 1992 e 2003.
A polícia suspeita que Baptista possa
ter sido o autor de outros homicídios, além dos oito que confessou –sete
meninas e um menino. Desses, quatro cadáveres foram encontrados.
De acordo com a investigação, há dois
hiatos no período de 11 anos em que os crimes ocorreram. Não há registros de
casos em 1993 e entre 1998 e 2002, quando o caminhoneiro supostamente viveu
fora de São Vicente –ele não revela o local. Em cada um dos outros anos do
período, pelo menos uma criança foi morta da mesma forma.
O delegado Niêmer Nunes Júnior, que
conduz a investigação, disse que a polícia gaúcha está colaborando no
levantamento de eventuais novos casos, já que Baptista morou em Porto Alegre no
início dos anos 90. Ele também investiga a possibilidade de o caminhoneiro ter
residido no Vale do Paraíba, onde teria instalado uma linha telefônica em 2000.
O último endereço dele era em Praia Grande (litoral paulista).
Conhecidos
Todas as crianças mortas moravam na
vizinhança dos endereços em que Baptista residiu, na periferia de São Vicente.
Em todos os casos, ele era conhecido das crianças e dos familiares delas. “Ele
só seqüestrava crianças com quem tinha um relacionamento mínimo”, afirmou o
delegado.
O caminhoneiro está preso desde
dezembro, após as mortes de Najila de Jesus e Nathaly Jennifer Ribeiro, ambas
de cinco anos.
Com os pés e mãos amarrados, os
corpos das duas surgiram no rio Aguapeú, em Itanhaém (litoral sul). No dia
seguinte, os policiais chegaram a Baptista porque uma testemunha identificou o
carro usado no crime.
O caminhoneiro confessou os crimes,
segundo a polícia, mas negou que os tivesse premeditado.
Trauma
Em depoimento à polícia, o
caminhoneiro tentou atribuir seus crimes a um trauma de infância. Em seu depoimento,
Baptista, que está na Penitenciária 1 de São Vicente após ser transferido
depois que presos tentaram matá-lo, disse que, quando criança, foi jogado em
uma piscina e, por isso, passou a sentir uma força incontrolável e prazer ao
ver crianças morrendo afogadas.
Baptista disse ainda que atraía as
crianças com a promessa de lhes dar doce ou de levá-las para andar de caminhão.
Disse ainda que, caso não fique preso, poderá cometer novos crimes. Ele também
confessou que não sentia nenhum tipo de remorso após matar as crianças, sempre
da mesma forma: elas eram atiradas em rios, mangues ou no mar, amarradas ou
não, e sempre com vida.
Entre as vítimas de Baptista está uma
enteada, a estudante Vanessa Hilário Ferreira, 12. “Não dá para crer que,
durante 11 anos, eu vivi ao lado do homem que matou a minha filha e,
descaradamente, me ajudava a procurá-la por aí”, disse a doméstica Rejane Terezinha
Hilário Ferreira, 46, que está separada de Baptista há cerca de oito anos.
Wanderley Antônio dos Santos – O
Mestre Cão
O professor de capoeira Wanderley
Antônio dos Santos, 41, o Mestre Cão, foi condenado hoje pela 3ª Vara Criminal
do Tribunal de Justiça do Rio (Comarca Niterói, a 15 km da capital) a 22 anos
de prisão por assalto, estupro e assassinato da adolescente Dinys Alcântara
Neves dos Santos, 14. O crime ocorreu no dia 25 de julho de 1995, em Niterói.
Santos, que já estava preso, é
conhecido como o “maníaco de Piratininga”. Ele é suspeito também de ter
estrangulado três mulheres na região oceânica de Niterói, entre elas a
jornalista Silvia Thomé, nos anos de 1994 e 95.
Segundo denúncia do Ministério
Público Estadual, Santos abordou Dinys na lagoa de Piratininga. Depois de ter
assaltado Dinys, ele a agrediu com golpes de capoeira e a estrangulou com a
calcinha da adolescente.
Com o capoeirista, foram encontradas
as roupas da vítima. Em depoimento na época, Mestre Cão confessou o crime.
Também disse que havia matado as três mulheres. Recentemente, em relato à
Justiça, negou tudo, alegando que teria problemas mentais.
Atitude reprovável - Na sentença, o juiz César Cury disse
que “as consequências do crime são absolutamente reprováveis porque a vítima
ainda estava no início da vida e por ter marcado seus familiares”. Segundo ele,
“o comportamento da vítima em nada contribuiu para o desfecho repulsivo”.
O juiz afirmou ainda que o réu agiu
sob “total desprezo pela vida e liberdade humanas”.
Santos deverá cumprir a pena em
regime fechado e não poderá interpor recurso em liberdade. Ele está preso desde
a época do crime.
No dia 17 de agosto de 1987, a
empregada do psiquiatra Antonio Carlos Di Giacomo chegou para trabalhar e
encontrou um cenário de horror. Debruçado sobre uma poça de sangue, com pés e
mãos amarrados e uma meia na boca, estava o médico formado pela Escola Paulista
de Medicina. Quando a polícia chegou ao local, percebeu se tratar de mais uma
vítima do Maníaco do Trianon, um serial killer que atuava nas imediações
do Parque Tenente Siqueira Campos, conhecido ponto de prostituição
masculina na região da avenida Paulista. Suas vítimas eram profissionais
bem-sucedidos, que moravam sozinhos e eram homossexuais. Os crimes
aterrorizaram a comunidade gay da época, já assustada com a escalada de
violência contra os homossexuais por conta da disseminação do vírus da Aids.
Fortunato Botton Neto – O Maníaco do
Trianon
Entre 1986 e 1989, Fortunato
Botton Neto, garoto de programa que atuava no Trianon, matou 13
homens – com idades entre 30 e 60 – com requintes de crueldade. Quando
foi preso, confessou os crimes com detalhes de embrulhar o estômago.
Depois de combinar o preço do
programa, ele seguia para o apartamento das vítimas, onde bebia com elas até
que ficassem totalmente alcoolizadas. Amarrava os tornozelos e os pulsos,
amordaçava e matava por estrangulamento, golpes de faca ou chave de fenda.
Em alguns casos, chegou a pisotear as
vítimas até que os órgãos internos saíssem pela boca, ouvidos, nariz e ânus.
Terminado o serviço, ele vasculhava o apartamento da vítima à procura de
dinheiro e objetos valiosos que pudessem ser vendidos facilmente sem levantar
suspeitas.
A frieza com que Neto relatou os
crimes chocou os policias que trabalhavam no caso. Em de seus depoimentos, o
maníaco diz: “Matar é como tomar sorvete: quando acaba o primeiro, dá
vontade de tomar mais, e a coisa não para nunca”. Neto foi condenado por três
dos sete crimes que confessou. Morreu na prisão em fevereiro de 1997, de
broncopneumonia decorrente da Aids.
O linguiceiro
da rua do Arvoredo
1863. Província de Porto
Alegre. O açougueiro José Ramos, um homem elegante e viajado,
que frequentava as casas de ópera da cidade e tinha excelente gosto musical,
fazia sucesso entre a população com a venda de linguiças que ele e a mulher,
Catarina Pulse, preparavam. O que ninguém sabia é que o ingrediente principal
da referida iguaria era a carne das vítimas do casal, seduzidas pela promessa
de uma noite de luxúria com Catarina. No matadouro disfarçado de alcova, as
vítimas eram distraídas com conversa inebriante e recebiam boa comida e boa
bebida – além de um golpe certeiro de machadinha desferido por Ramos, que abria
suas cabeças de alto a baixo.
Com a ajuda de Carlos Claussner, o
açougueiro Ramos degolava, esquartejava, descarnava, fatiava e guardava as
vítimas em baús, moendo-as aos poucos e transformando-as nas famosas linguiças,
que eram vendidas em seu açougue na rua da Ponte (hoje rua Riachuelo). Os
crimes da rua do Arvoredo foram descobertos em 1894, chocando
os cerca de 20 mil habitantes da cidade. Ramos foi condenado à forca. Catarina
foi internada em um hospício, onde morreu louca. Claussner, àquela altura, já
havia virado linguiça. Apesar do escândalo, os crimes foram ignorados pela
imprensa da época. A história repercutiu apenas nos jornais da França e do
Uruguai. Acredita-se que o caso tenha sido abafado porque a população da cidade
queria esquecer que tinha sido transformada por Ramos em canibal.
Não se sabe ao certo quantos pobres
diabos Ramos matou. Nem os motivos que o levaram a isso. Mas ele pode ser considerado o
primeiro serial killer brasileiro de que se tem registro. Oficialmente, no
entanto, o primeiro foi Preto Amaral, que você vai conhecer na próxima página.
Preto
Amaral
Aos 17 anos, o escravo José
Augusto do Amaral foi liberto pela Lei Áurea e entrou para o exército,
servindo em todo o país. Na Guerra dos Canudos (1897), ele foi promovido a
tenente. Finda a guerra, Amaral integrou batalhões de polícia e desertou.
Acabou sendo preso em Bagé, Rio de Janeiro, ao tentar desertar do exército
nacional. Foi condenado a sete meses de prisão e, ao sair, aos 56 anos, passou
a fazer bicos em São Paulo.
Em 1927, Amaral foi preso novamente.
Desta vez, acusado de seduzir, estrangular e estuprar três rapazes. Em
seu depoimento, Amaral contava que seduzia e depois asfixiava as vítimas,
estuprando-as depois de mortas. A primeira vítima tinha 27 anos e
conheceu Amaral na Praça Tiradentes, depois de pedir-lhe fósforos. Conversa
vai, conversa vem, foram para um botequim tomar café, onde Amaral o convidou
para assistir a um jogo de futebol. O corpo de Antônio Sanchez foi
encontrado próximo ao Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.
A segunda vítima tinha apenas 10 anos
e foi atraída por Amaral com balões que ele vendia na região do Canindé, também
na zona norte. O corpo de José Felippe Carvalho foi encontrado
13 dias depois, sem os membros superiores. Antônio Lemostinha 15
anos quando foi abordado por Amaral nos arredores do Mercado Municipal, na
região central da cidade. Amaral ofereceu almoço à vítima e partiu com ela num
bonde rumo à Lapa. Foi só quando o corpo de Lemos foi encontrado que a polícia
percebeu estar diante de um assassino incomum. Mas não havia nenhuma pista do
assassino, até que Roque Piccili, um engraxate de 9 anos conseguiu
escapar de Amaral. O assassino levou o menino para debaixo de uma ponte e já o
estrangulava quando se assustou ao ouvir vozes e fugiu. O menino contou à
polícia e Amaral foi preso e torturado. Na cadeia, confessou os crimes,
contando em detalhes como matou suas vítimas.
Os crimes ganharam as manchetes
nacionais. Amaral foi chamado de “monstro negro”, “diabo preto” e
“estrangulador de crianças”. Acabou ficando conhecido como “Preto Amaral”.
Morreu na Cadeia Pública de São Paulo, cinco meses depois de ser preso, de
tuberculose, antes de ser julgado. Os motivos reais que levaram Amaral aos
crimes ainda são um mistério, mas o psiquiatra que o examinou na prisão
relacionou-os ao tamanho do pênis do ex-escravo. Na época, era comum relacionar
o tamanho do pênis ao tamanho da bestialidade do criminoso.
Apesar de ter confessado os crimes,
Amaral pode não ter sido o real culpado. Crimes semelhantes continuaram
ocorrendo mesmo depois da prisão de Amaral, que tinha apresentado álibis para
os dois primeiros assassinatos. Mesmo assim, Amaral acabou ganhando o título de
primeiro serial killer brasileiro.
Febrônio
Índio do Brasil – O Filho da Luz
Nem bem Preto Amaral foi preso, e
outro assassino serial apareceu para aterrorizar a população em 1927 – Febrônio
Índio do Brasil. Os corpos de suas vítimas foram encontrados no ilha
do Ribeiro, no Rio de Janeiro, nus, tatuados com as letras DCVXVI,
e com marcas de estupro e estrangulamento. Auto-intitulado “Filho da
Luz” (por estar em uma luta contra o demônio), ele abordava as vítimas
com a promessa de um emprego que complementaria a parca renda familiar. Depois
as levava para a isolada ilha do Ribeiro, onde as tatuava, estuprava e matava.
O serial killer ainda tentou matar outros rapazes – todos com idades entre 8 e
14 anos -, que conseguiram escapar depois de sessões de tortura e estupro.
Quando foi preso, depois de ser
reconhecido por familiares das vítimas, negou a autoria dos crimes. Mas acabou
confessando ter estrangulado, em 13 de agosto de 1927, o menor Almiro José
Ribeiro e jogado o corpo da vítima num matagal. Depois, assumiu a autoria do
assassinato e estupro de Jonjoca, um menino de 10 anos. Ao levantar a ficha de
Febrônio, os policiais viram que ele já havia sido preso 29 vezes, por fraude,
pederastia e tendências homossexuais, tentativa de atentado violento ao pudor e
exercício ilegal da odontologia. O Filho da Luz dizia ter visões que ordenavam
que ele tatuasse dez rapazes para seguir sua missão contra o demônio. As letras
tatuadas nas vítimas e em seu próprio tórax, segundo ele, significavam “Deus
Vivo” ou “Imana Viva”. Com uma religiosidade aflorada, Febrônio chegou a mandar
publicar o seu próprio evangelho, intitulado “As revelações do príncipe do
fogo”. Todas as cópias foram queimadas pela polícia quando Febrônio,
considerado inimputável, foi para o manicômio, onde permaneceu até morrer, aos
89 anos de idade.
Francisco
Costa Rocha – Chico Picadinho
Em 1966, a bailarina austríaca e
boêmia Margareth Suida conheceu o corretor de imóveis Francisco
Costa Rocha. A boa aparência e a boa lábia do moço, misturadas à bebida,
acabaram atraindo Suida para o apartamento de Rocha. E para uma morte horrível.
No meio da relação sexual, Rocha tornou-se violento. Mordeu-a, socou-a e tentou
estrangulá-la com as mãos. Sem sucesso, terminou o trabalho com um cinto.
Depois de certificar-se que Suida estava morta, decidiu livrar-se do corpo. Mas
como? Rocha pegou uma lâmina de barbear, uma tesoura e uma faca e começou a
retalhar o corpo ali mesmo, no tapete do sala. Começou cortando os seios,
depois retirou os músculos da parte da frente. Levou o corpo para banheiro,
retirou as vísceras e as jogou no vaso sanitário. Desistiu, pegou uma sacola
plástica e colocou lá as tripas da moça. Voltou ao corpo, agora na banheira, e
retirou parte dos músculos das costas e um pedaço das nádegas. Foi denunciado
pelo amigo com quem dividia a quitinete, condenado a 18 anos de prisão e
libertado na metade da pena por bom comportamento. Era um preso exemplar, que
lia Nitzsche, Dostoiéviski, Frankel e Kafka. Ganhou a confiança do diretor e a
liberdade condicional em junho de 1974.
Dois anos, dois casamentos e dois
filhos depois, Francisco matou e retalhou a prostituta Ângela da Silva
Souza com os mesmos requintes de crueldade com que havia matado Suida.
Para esconder o corpo, Francisco arrastou-o até o banheiro e, munido de uma
faca de cozinha, um canivete e um serrote, começou a retalhar o cadáver. Cortou
fora os seios, abriu o ventre, retirou as vísceras e jogo-as no vaso sanitário.
Como o encanamento entupiu, Francisco decidiu mudar de tática: picou o corpo de
Souza bem miúdo e distribuição porções em sacos plásticos e em uma mala de
viagem para facilitar o trasnporte. Demorou entre 3 e 4 horas para concluir o
“serviço”. Novamente, foi denunciado pelo companheiro de apartamento.
“Chico Picadinho”, como ficou
conhecido, voltou para a prisão. Foi condenado a 22 anos e meio pelo crime e
deveria ter sido solto ao fim da pena máxima de 30 anos. Mas ao término da
pena, em 1998, em vez de ser posto em liberdade, Chico Picadinho foi mandado
para a Casa de Custódia de Taubaté, sob a alegação de que criminosos psicopatas
podem ser mantidos indefinidamente em estabelecimentos psiquiátricos para
receber tratamento. Chico Picadinho ainda está preso.
Francisco de Assis Pereira – Maníaco
do Parque
Nove. Este foi o número de mulheres
encontradas mortas, com sinais de espancamento e estupro, no Parque do Estado,
na divisa de São Paulo com Diadema, em 1998. Elas não tinham nada em comum, a
não ser o desejo escondido de se tornar modelo fotográfico. Foi com a promessa
de uma sessão de fotos para um catálogo que o motoboy Francisco de
Assis Pereira conseguiu atrair para o Parque 14 moças. Cinco
conseguiram escapar depois de ser estupradas e ter coxas, seios e costas mordidas
pelo motoboy. As nove restantes não tiveram a mesma sorte. Foram mortas por
estrangulamento, com o cadarço dos sapatos ou uma cordinha que Pereira levava
na pochete. O “Maníaco do Parque”, como ficou conhecido, fugiu quando
seu retrato falado foi divulgado pela polícia. Foi preso uma semana depois, no
Rio Grande do Sul, quando um pescador reconheceu o rosto do retrato falado e
denunciou sua presença à polícia local.
Ao ser preso, Pereira primeiro negou
a autoria dos crimes, depois confessou que havia matado todas as nove mulheres
encontradas no Parque do Estado. Foi condenado a 274 anos de prisão e
jurado de morte pelos internos. Quando foi questionado sobre os motivos que o
levaram a matar as mulheres, Pereira disse: “Eu tenho um lado ruim dentro de
mim. É uma coisa feia, perversa, que eu não consigo controlar. Tenho
pesadelos, sonho com coisas terríveis. Acordo todo suado. Tinha noite que não
saía de casa porque sabia que na rua ia querer fazer de novo, não ia me
segurar. Deito e rezo, pra tentar me controlar” [fonte: Veja]. Pereira
atribui isso ao fato de ter sido molestado por uma tia quando criança e de ter
sido violentado por um patrão na adolescência.
Entre dezembro de 1998 e março de 1999, o pescador Paulo Sérgio Guimarães da
Silva, conhecido por “Titica”, atacou quatro casais, o que resultou na morte de
sete pessoas e deixou tetraplégica uma menina de 14 anos.
Depois que “Titica” começou a agir, os moradores da praia do Cassino, onde
aconteceram três dos quatro crimes, tiveram suas rotinas modificadas devido à
série de assassinatos.No dia 12 de dezembro de 1998, o casal de namorados
Felipe Santos, de 19 anos e Bárbara da Silva, de 22 anos, foi encontrado morto
a tiros ao lado do carro estacionado a beira mar.
André Luiz Cassimiro – O
Estrangulador de Juiz de Fora
E não é que Juiz de Fora já teve um
Serial Killer e eu não sabia? Segue o “portfolio” de André Luiz Cassimiro, o
Estrangulador de Juiz de Fora:
Um ex-condenado com um gosto para
mulheres mais velhas, Cassimiro confessou ter violentado e matado cinco
mulheres em Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Os cinco mortos eram mulheres
entre 58 e 77 anos e moravam sozinhas. Todas as vítimas foram torturadas,
estranguladas com fios de eletrodomésticos e violentadas.
A cidade de Juiz de Fora foi dominada
pelo medo até 29 de maio de 1996, quando Andre Luiz Cassimiro, 31, foi preso.
“Eu entrava para roubar as casas delas”, explicou o assassino, sem piedade, “mas
acabei matando-as. Nesses momentos eu sentia ódio pela pouca idade das
mulheres. Agora, sinto nada.”
Fingindo ser um lavador de carro,
Cassimiro passava vários dias observando os movimentos e a rotina diária de
suas futuras vítimas. “Até que ele entrava na casa e se mostrava um ladrão de
senhoras”, disse o chefe de polícia José Márcio Carneiro. “Uma vez lá dentro,
ele virou um psicopata.” As mulheres foram primeiramente presas às suas camas e
amordaçadas. Depois, elas foram violentadas e estranguladas. Ele, então, cobria
seus corpos sem vida com um cobertor, porque “não gostava de olhar para eles.”
Após o seu sádico ritual, ele revirava a casa de pernas para o ar à procura de
dinheiro e eletroeletrônicos.
Quando foi preso Cassimiro ainda
estava pagando os 11 anos e 10 meses de prisão, por conta de seis condenações
de roubo, em liberdade condicional. “Na prisão, ele era um prisioneiro modelo”,
afirmou Jairo Ferreira Cristovam, diretor da penitenciária. Em 19 de junho de
1995, menos de cinco horas após ter recebido autorização judicial para passar
as férias em casa no feriado de Corpus Christi, Cassimiro cometeu seu primeiro
assassinato. A vítima foi Zilda Araujo Barbuth, 76. “Ela estava dormindo quando
entrei, mas acordou quando derrubei o rádio-relógio. Quando ela tentou gritar,
a amarrei e amordacei-a com um fio na cama”. Ele então procedeu o estupro e
estrangulou-a. Antes de sair, Cassimiro foi à cozinha e comeu um pedaço de
goiabada. Após o assassinato, ele retornou para a prisão e dois meses mais tarde
foi libertado em condicional.
Cassimiro matou Odete Barbosa da
Silva, sua segunda vítima, um ano e meio depois. Eles terminaram a sua relação
em meados de 1995. Seis meses mais tarde a mulher, de 62 anos, foi encontrada
estrangulada em sua casa. Ele não conhecia sua terceira vítima, Aldenira Mello,
58. Ele encontrou-se com a quarta, Malvina Maria de Oliveira, 77, da Terceira
Idade. Dançaram a noite toda antes de ela permitir que o jovem a levasse corpo
foi encontrado três dias mais tarde com a cabeça esmagada. Ele matou sua última
vítima, Celia Nicolini de Farias, em 13 de maio de 1996. Acredita-se que a
viúva, de 74 anos, foi estuprada por Andre post-mortem.
Cassimiro foi pego por causa de uma
bisbilhotice de sua irmã, Joaquina, que não tinha conhecimento de seus crimes.
Ela falou com um amigo que tinha visto um cartão com o nome de Zilda Araujo
Barbuthunder debaixo do colchão de seu irmão. O amigo informou à polícia e ele
foi preso. Em custódia, Cassimiro confessou todos os crimes e afirmou que ele
“estava drogado” durante seu longo ano de assassinatos.
Edson Izidoro Guimarães – o
Enfermeiro da Morte
Edson Izidoro Guimarães, nascido no Rio de Janeiro em 1957, conhecido como “ Anjo da Morte” ou “Enfermeiro da Morte”, é um ex-auxiliar de enfermagem que assistia no setor de emergência do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, responsável direto pela morte de pelo menos cinco pessoas. Estima-se que o número verdadeiro de suas vítimas, porém, seja superior a cem, o que o transformaria num dos maiores assassinos em série do Brasil e do mundo.
Edson Izidoro Guimarães foi preso em
07 de maio de 1999, quando trabalhava no plantão do Hospital Salgado Filho. No
dia 21 desse mês ele foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio
triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de asfixia e veneno e mediante
recurso que impossibilitou a defesa das vítimas). Ele ficou conhecido como o
“Enfermeiro da Morte” por ter desligado os aparelhos respiratórios das
pacientes terminais Márcia Garnier Pereira, Maria Aparecida Pereira e Francisca
Teresa Coutinho de Oliveira.
Ele também foi condenado por ter
injetado cloreto de potássio em Matias Gomes, o matando por embolia pulmonar.
Os assassinatos ocorreram em 7 de maio de 1999, no mesmo dia em que acabou
sendo preso. Izidoro confessou que matava os pacientes terminais para receber
comissão de funerárias. Ele chegou a ser acusado de outras 126 mortes ocorridas
durante seus plantões.
Em 17 de fevereiro de 2000, Edson
Izidoro Guimarães foi condenado a 76 anos de prisão, resultado da soma das
quatro penas de 19 anos pelas mortes dos quatro pacientes do Hospital Municipal
Salgado Filho. A defesa apelou, e no dia 13 de março de 2001, a 3ª Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em decisão unânime, reformou
a sentença por entender que houve crime continuado e não concurso material de
crimes.
Na ocasião, a Câmara fixou a pena de
Edson Izidoro em 31 anos e oito meses de reclusão, permitindo à defesa protesto
por novo júri, igualmente aceito por unanimidade. Em 27 de setembro de 2001
Guimarães foi novamente julgado, agora pelo III Tribunal do Júri do Rio de
Janeiro.
Atualmente, Edson permanece preso nas
celas da Polinter, no Rio de Janeiro, e, ao que tudo indica, não abandonou a
profissão de enfermeiro. Segundo policiais, o auxiliar de enfermagem é
requisitado “sempre que um interno sente-se mal”. É ele quem presta os
primeiros socorros na carceragem, a pedido dos próprios policiais e detentos.
Além disso, Izidoro é considerado
preso de bom comportamento e desfruta de “algumas regalias”. Por ser
classificado como “faxina”, detento que presta serviço ou ajuda na prisão, ele,
que já dividiu espaço com outros 31 presos, ocupa uma cela com cerca de sete
condenados, equipada com televisão, fogão, geladeira e colchões.
Conforme informaram alguns policiais,
esse tipo de tratamento é dispensado aos presos primários, de bom comportamento,
sem nenhum tipo de ligação com facções criminosas. O caso serviu para tornar
pública uma prática que até então era muito comum nos hospitais do Rio de
Janeiro e possivelmente do restante do país: a máfia das funerárias.
Com a prisão de Edson Izidoro
Guimarães foi confirmado um esquema no Hospital Salgado Filho, onde as empresas
funerárias agiam livremente pagando comissões a quem indicasse seus serviços.
As investigações mostraram que o auxiliar de enfermagem chegava a lucrar entre
cem e mil reais, dependendo do tipo de morte. As mortes naturais rendiam menos
que aquelas produzidas por acidentes de trânsito. Estas últimas envolviam um
esquema de seguro. Foi descoberto que a ação da máfia das funerárias não se
restringia ao Rio de Janeiro.
A prefeitura de São Paulo também
admitiu que sua população era vítima da ação criminosa de agentes funerários,
não ficando provado que a máfia paulista chegasse ao extremo das similares no
estado onde Edson operava.
Em 23 de agosto de 2009, a 11ª Câmara
Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) condenou o município do
Rio de Janeiro a pagar indenização moral de R$ 50 mil a Sebastiana Barbosa,
viúva de Jorge Barbosa, morto por Edson em abril de 1999. De acordo com o
processo, Jorge foi internado no Hospital Albert Schweitzer depois de sofrer
convulsões e, logo após, foi transferido para o Hospital Salgado Filho, no
Méier. Como Jorge estava medicado e as crises controladas, Sebastiana resolveu
retornar para casa. Ao voltar ao hospital, no dia seguinte, descobriu que ele
havia falecido. Sebastiana é o primeiro parente de uma vítima do “Enfermeiro da
Morte” a receber indenização.
Fonte: Isso é Bizarro