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Psicopatas Brasileiros: Casos Famosos

Oi gente, hoje vim compartilhar com vocês alguúns dos assassinos em série mais famosos do nosso País. São muitos assassinos por aí, mas alguns merecem destaque pela brutalidade e o sengue frio com que matam suas vítimas. Para que a lista não ficasse extensa demais escolhi alguns dos mais conhecidos... acompanhe.




Francisco das Chagas Rodrigues de Brito

O mecânico de bicicletas Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, de 45 anos, foi condenado, em julgamento encerrado dia 27/08/09, a 36 anos e 6 meses de prisão. Francisco era acusado dos homicídios de duas crianças na cidade de São José do Ribamar, cidade na região metropolitana de São Luís (MA). Também foi condenado por ocultação de cadáver e vilipêndio (isto é, atitude desrespeitosa com os corpos).

Estes crimes ocorreram no ano 2000. Duas crianças, de 10 e 11 anos, foram mortas. Contudo, não é a primeira vez que Francisco das Chagas é julgado. Em 2006, Francisco já havia sido condenado a mais de 20 anos de prisão pelo homicídio de um adolescente de 15 anos – a pena seria maior, mas foi reduzida porque Francisco foi considerado semi-imputável, isto é, considerou-se que ele possui um transtorno mental (o transtorno de personalidade anti-social) que reduz sua capacidade de controlar seus impulsos. Neste julgamento atual, a pena também foi reduzida, pelo mesmo motivo, em um terço.

Na verdade, suspeita-se que Francisco das Chagas tenha matado mais de 40 crianças e jovens do sexo masculino, entre 1989 e 2003, o que o tornaria um dos mais agressivos serial killers brasileiros – teriam sido 30 vítimas no Maranhão (também na cidade de Paço do Lumiar) e 12 no Pará.

Sua história ficou conhecida como “o caso dos meninos emasculados do Maranhão e de Altamira (PA)”, pois o assassino mutilava os órgãos sexuais da maioria das vítimas.

Porém, este não era o único ato bárbaro de Francisco. As mortes eram por asfixia ou com uso de objetos cortantes. Antes, ele abusava sexualmente dos garotos. Depois de mortos, de alguns ele cortou a cabeça ou dedos, de outros queimou o corpo.

Segundo o promotor do caso atual, Francisco, que está preso desde 2004 (ano em que foram encontradas duas ossadas enterradas na sua casa), confessou os crimes e colaborou com as investigações, mas às vezes se divertia fazendo um “jogo” testando a capacidade dos policiais em desvendar a história.

Vítima de um serial killer

Jonatham Silva Vieira é o nome de um jovem de 15 anos que Francisco das Chagas Brito matou em 2003, no Maranhão. Jonatham foi o primeiro dos homicídios de Francisco a ser levado a julgamento, em 2006.

Do garoto só se encontrou a ossada, sendo impossível determinar se ele havia sido emasculado.

Neste julgamento, Francisco chorou ao ser interrogado pelo juiz, contando que, na infância, além de ter sido espancado pela avó “até sangrar”, também foi violentado por um adulto, de nome “Carlito”. Francisco disse que, ao matar Jonatham, estava vendo no jovem o seu agressor, Carlito. Anteriormente Francisco tinha negado o crime, dizia que as mortes oram provocadas por “uma força superior”.

A irmã de Francisco, ao depor, disse que ele realmente apanhava da avó. O advogado de Francisco contou que o assassino lhe disse que sua avó mantinha, em uma parede, uma lista de atitudes que eram proibidas. Assim que Francisco atingisse oito “pontos”, era surrado.
A infância e a vida de um serial killer

A mãe de Francisco abandonou o esposo quando a criança tinha quatro anos. O pai, dois anos depois, o deixou com a avó.

Às vezes o pai aparecia com uma mulher a tiracolo, mas esta não aceitava Francisco como filho. Morando com a avó, Francisco trabalhava vendendo bolos na rua.
O assassino, já adulto, chegou a morar com uma mulher, com a qual teve duas filhas. Francisco morou no Pará, em Altamira, onde é acusado de ter matado 12 meninos. E no Maranhão, onde pesa sobre ele a acusação de 30 homicídios.

Francisco diz que, apesar de ter parentes, era solitário. Sua “diversão” era ficar sozinho, à noite, jogando pedras em gatos.

Durante várias fases dos processos, Francisco já assumiu os crimes, já os negou, já deu várias declarações confusas, contraditórias. Em uma entrevista, tentou negar que tivesse extirpado os órgãos sexuais dos garotos, assim: “Se eu tivesse feito isso, tinha dinheiro. Não moraria humildemente.” (querendo sugerir que poderia ter vendido os pênis para traficantes de órgãos…). Ou: “A pessoa, quando morre, começa a diluir, a desmanchar.”.

Modus operandi de um serial killer

As vítimas de Francisco das Chagas eram meninos entre 10 e 14 anos, geralmente. A exceção, aparentemente, é um garoto de 4 anos, parente de sua ex-mulher.
As crianças eram pobres e moravam perto de onde Francisco residia. Muitas eram vendedores ambulantes, como Francisco já havia sido.

Francisco as atraía para uma mata fechada, geralmente com algum convite como irem pegar frutas. Dunte as investigações, Francisco conseguiu apontar com exatidão onde estavam vários corpos.
A negligência das investigações gerou ao Brasil e ao Maranhão um processo na OEA (Organização dos Estados Americanos). Porintermédio da OEA, as famílias das vítimas passaram a receber uma pensão.

Marcelo Costa de Andrade – O Vampiro de Niterói

 Marcelo Costa de Andrade é conhecido como o “Maníaco” ou “Vampiro” de Niterói. Ele, um garoto com cara de filhinho de papai de aparência inofensiva, é na verdade um psicopata religioso, um dos mais famosos seriais killers do Brasil. Filho de imigrantes pobres do Nordeste, Marcelo cresceu na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Ele viveu sem água corrente e apanhava regularmente do seu avô, do seu padrasto e da sua madrasta. Quando tinha 10 anos foi abusado sexualmente. Aos 14 começou a se prostituir para viver. Ele foi enviado para um reformatório, mas escapou. Aos 16 anos ele começou um relacionamento homossexual com um homem mais velho. Aos 17 anos tentou estuprar seu irmão de 10 anos.

Quando ele tinha 23 anos terminou sua relação homossexual e ele voltou a morar com sua mãe e seus irmãos que se mudaram para Itaboraí, cidade próxima a São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Lá encontrou emprego distribuindo panfletos de uma loja do bairro de Copacabana.

Ele também entrou para a Igreja Universal do Reino de Deus e começou a ir à igreja quatro vezes por semana. Apesar de algumas idiossincrasias e seu estranho e incoerente sorriso, sua vida parecia normal. Isto é, até Abril de 1991, quando aos 24 anos, ele começou a matar.Ao longo de um período de nove meses Marcelo registrou 14 mortes.

Suas vítimas eram meninos de rua que ele atraia para áreas desertas, estuprava e estrangulava. Ele também praticava necrofilia, decapitou um dos meninos, esmagou a cabeça de outro, e, em duas ocasiões, bebeu o sangue das vítimas.

Mais tarde, ele confessou que sua sede vampírica foi simplesmente para “tornar-se tão bonito quanto os meninos”. Violência no Rio é comum e a contagem de corpos por dia é tão grande que as autoridades nunca suspeitaram que o crescente desaparecimento de meninos pudesse ser trabalho de um serial killer. Geralmente eles são vítimas de grupos de extermínio.

Andrade confessou: “Eu preferia garotos porque eles são melhores e tem a pele macia. E o pastor disse que as crianças vão automaticamente para o céu quando morrem antes dos treze. Então eu sei que eu fiz um favor os enviando para o céu”.

Em dezembro de 1991 sua matança chegou ao fim quando ele “se apaixonou”, pelo garoto de dez anos Altair de Abreu e poupou sua vida. Marcelo encontrou o jovem e seu irmão de seis anos de idade Ivan no terminal de ônibus de Niterói.

Ele lhes ofereceu dinheiro para ajudar a acender velas para um santo na igreja de São Jorge. O sobrevivente à polícia: “Nós estávamos indo para uma igreja, mas como quando estávamos atravessando um terreno vazio, Marcelo virou Ivan e de repente começou a estrangulá-lo. Fiquei com tanto medo que eu não consegui fugir. Eu vi com atenção o horror, lágrimas escorriam pelo meu rosto, como ele matou e estuprou meu irmão.

Quando ele tinha acabado com Ivan, ele se virou para mim, me abraçou e disse que me amava”. Então ele convidou Altair para morar com ele. Assustado com a morte do irmão, o rapaz concordou em passar a noite com Marcelo no meio de arbustos. Na manhã seguinte, o assassino e o levou seu amado Altair para trabalhar com ele.

Quando chegaram o escritório estava fechado. O jovem aterrorizado conseguiu escapar. Ele pegou uma carona no caminho de volta para casa e disse à sua mãe que tinha se perdido de seu irmão. Alguns dias depois, pressionado por sua irmã, o menino disse a verdade. Enquanto isso Marcelo, um assassino verdadeiramente atencioso, voltou à cena do crime para colocar as mãos de sua vítima dentro da cueca ”para que os ratos não pudessem roer os seus dedos”.

Quando a família de Ivan foi à polícia, Marcelo, que manteve a sua rotina diária, foi preso calmamente na loja onde trabalhava no Rio de Janeiro. “Eu pensei que você ia vir ontem”, disse aos policiais. Inicialmente, a polícia pensou que o assassinato de Ivan era um caso isolado. No entanto, dois meses depois, a mãe de Marcelo foi chamado para depor sobre o estranho comportamento de seu filho.

Uma noite, ela disse, ele saiu de casa com um facão “para cortar bananas”. Ele retornou na manhã seguinte sem bananas. Em poucos dias Marcelo confessou 14 assassinatos e levou a polícia aos restos mortais de suas outras vítimas. Ele perguntou para policiais, se alguma vez pelo mundo, houve algum caso como o dele e disse que matou porque gostava dos meninos e não queria que eles fossem para o inferno.

Marcelo chegou a ser internado em um hospital psiquiátrico, mas hoje ele está na cadeia. Em fevereiro de 1997, Marcelo fugiu da cadeia e foi encontrado 1 dia depois no Ceará. Certa vez acreditavam que ele pudesse ter matado uma 15 vítima, dessa vez uma garota, mas, Marcelo disse que não matou nenhuma garota porque nunca gostou de garotas e que matar não adiantava, porque elas não iriam para o Céu de maneira nenhuma.

Adriano da Silva – O Monstro de Passo Fundo

O serial killer da região de Passo Fundo Adriano, a quem se atribuíram 12 mortes, embora ele admita apenas oito, foi preso no Município de Maximiliano de Almeida, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, em janeiro de 2004.

Na Polícia e em Juízo, Adriano, também conhecido como Monstro de Passo Fundo, revelou detalhes sobre as mortes dos meninos, revelando – sem demonstrar nenhuma emoção – como imobilizava suas vítimas.

Garantiu também que só abusava sexualmente dos meninos depois de matá-los. Nunca, segundo o depoimento, levava nada das crianças, nem roupas ou objetos. Adriano já tinha sido condenado por latrocínio, roubo seguido de morte, formação de quadrilha e ocultação de cadáver, no Paraná. Silva era procurado desde 2001, quando teria escapado da cadeia no Paraná, onde cumpria pena de 27 anos pela morte desse taxista.

Desde então, circulou pelo interior gaúcho sob nomes falsos e vivendo de bicos. Interrogado pelos policiais, Silva confessou os crimes. Dos 27 anos de detenção que tinha para cumprir, fugiu depois de seis meses. Durante as investigações feitas pela Polícia gaúcha do RS chegou a ser preso, mas foi solto por falta de provas.

O assassino carregava luvas e um lenço, para não deixar impressões digitais. Questionado sobre tamanha brutalidade, Silva falou de “uma vontade íntima, de um vício”. Um detalhe espantoso nesse caso é que, nos últimos meses, antes de ser definitivamente acusado e confessar as oito mortes, o presidiário chegou a ser detido três vezes – uma por furto, outra por estar com uma faca e a terceira quando o avô de um dos meninos mortos suspeitou dele.

Mas acabou solto em todas as ocasiões porque a polícia não sabia estar diante de um foragido. Silva disse aos policiais ter perdido os documentos e se identificou como Gabriel, nome de seu irmão. A desculpa foi suficiente para enganar a polícia, mas já se sabe que nada teria acontecido ainda que Adriano da Silva fosse identificado.

Durante muitos meses, a Secretaria de Segurança do Paraná, Estado de onde ele fugiu, deixou de alimentar o sistema nacional de informações policiais. Ou seja, não haveria como saber que se tratava de um bandido foragido. Em liberdade, Silva mataria uma vez mais.

Novamente, a polícia o capturou com a ajuda de uma testemunha que viu a vítima com o assassino.Entrevistado em 2010 ele alegou que só cometeu um dos 12 homicidios e que foi forçado a confessar os demais crimes, alegando que uma rede cometia os assassinatos e que se ele se negasse a confessar, a familia dele correria riscos.

Eudóxio Donizeti Bento

39 anos, foragido da penitenciária de Presidente Venceslau. Três das vítimas, todas do sexo feminino, inclusive uma criança de nove anos, foram estupradas e tiveram as cabeças decepadas.
Marília,SP – A Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Presidente Prudente, desvendou ontem a autoria de sete homicídios ocorridos desde 1989, com a confissão de Eudóxio Donizeti Bento, que também usa o nome de Donizeti Bento de Jesus

Segundo o delegado Marco Antônio Scaliante Fogolin, titular do setor de homicídios da DIG, o criminoso foi preso em Caarapó(MS), na semana passada, durante as investigações para desvendar a morte da menina Amanda Cristina de Lima, de 9 anos, ocorrida em fevereiro deste ano. A menina foi levada para um matagal próximo de um córrego entre a cidade de Álvares Machado, no Oeste do Estado e o distrito de Coronel Goulart, onde foi estuprada e morta. Sua ossada foi encontrada no local, um mês depois, sem a cabeça.

Nos interrogatórios, Bento confessou ter estuprado, matado e decepado, Olívia Nascimento Lima, 29 anos, e a enfermeira Fátima Sueli Pereira de Souza, 23 anos, todas de Presidente Prudente, respectivamente nos anos de 1991 e 1999.

Ele também admitiu ter assassinado a tiros ou facadas um homem identificado apenas como Adelício, em Birigui, no ano de 1989; uma mulher de nome Zélia e seu filho Mário de 5 anos, em Carapó (MS), em 1992, e Aparecido Prudêncio de Oliveira, 39 anos, em Pirapozinho, em 1999. Os crimes foram confirmados e que nos casos da região de Prudente, o assassino mostrou os locais onde enterrou os corpos.

Estrangulador do Morumbi é libertado após passar 30 anos na cadeia

Depois de passar 30 anos na cadeia, José Paz Bezerra está novamente nas ruas. Ele cumpriu a pena máxima pelo assassinato de sete mulheres.

Bezerra, 56 anos, o “Estrangulador do Morumbi”, como ficou conhecido, está em liberdade desde segunda-feira. Os últimos 22 anos de sua pena ele cumpriu na Penitenciária do Estado, na capital paulista.

Bezerra ficou famoso em todo o país no final dos anos 60 e início dos 70. À época, ele trabalhava como mordomo em mansões do Morumbi (zona oeste). Todas as suas vítimas mantiveram um relacionamento amoroso com ele e morreram estranguladas. Considerado bonito e charmoso, ele se aproximava com facilidade das mulheres.

Em apenas nove dias, de 16 a 25 de junho de 70, Bezerra agiu cinco vezes. Nesse período, três mulheres foram brutalmente estranguladas no Morumbi e duas outras em São Bernardo do Campo (ABC).

Para ganhar a confiança das mulheres que matava, Bezerra se aproximava de seus amigos e parentes com o intuito de criar um vínculo com a vítima.

Após assassinar as mulheres, Bezerra tinha o hábito de guardar em sua casa as peças íntimas das vítimas.

Bezerra agiu em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pará, Estado em que finalmente foi apanhado, em 12 de novembro de 71.

O ódio compulsivo que sentia por mulheres era explicado por especialistas da época como consequência de um sentimento de ódio que Bezerra sentia pela própria mãe.

Segundo o Estrangulador do Morumbi, quando era criança sua mãe mantinha relações sexuais com diversos homens na sua frente. “Ela era uma mulher da vida, de programa”, declarou Bezerra em entrevista por telefone.

Apesar de condenado por sete homicídios, o ex-mordomo afirma que matou muito mais. “Pelas minhas contas foram 24 mulheres”, diz com naturalidade. A Justiça, porém, não conseguiu obter provas para incriminá-lo em todos os homicídios que afirma ter praticado.

Livre e sem dívidas com a Justiça, Bezerra diz agora estar recuperado. “Todo esses anos sem desfrutar da liberdade me fizeram refletir e mudar meu modo de pensar. Tenho certeza disso”.os, o ex-mordomo afirma que matou muito mais. “Pelas minhas contas foram 24 mulheres”, diz com naturalidade. A Justiça, porém, não conseguiu obter provas para incriminá-lo em todos os homicídios que afirma ter praticado.

Livre e sem dívidas com a Justiça, Bezerra diz agora estar recuperado. “Todo esses anos sem desfrutar da liberdade me fizeram refletir e mudar meu modo de pensar. Tenho certeza disso”.

Nascido em Tambaú. Atacou de 1950 a 1953. Era casado, mas não podia fazer sexo com sua mulher por seus vários problemas de saúde. Tinha um impulso sexual incontrolável, chegando a atacar 5 pessoas num só dia, sem ainda se sentir saciado.

Gostava de meninas, principalmente japonesas. Anotava todos os crimes num caderninho. Estava sempre de terno e chapéu e com uma pasta na mão, que continha uma corda com uma laçada.

Entre estupros e tentativas de violência sexual cometeu 29 crimes na Grande São Paulo na década de 50. Dez de suas vítimas acabaram mortas. O “Monstro de Guaianazes” pedia a elas que fizessem sexo com ele. Ao ouvir a recusa, arrastava-as para locais ermos e cometia os crimes. Quando despia as vítimas meninas as cobria com as peças de seu vestuário, quando mulheres as deixava completamente nuas e descobertas.

Foi preso em 1952. e morreu na prisão de infarto em 1976.

Anestor Bezerra da Silva – O matador de taxistas

Um mistério para a polícia! Um homem combina uma corrida – longa – de táxi e, de repente, os motoristas desaparecem. Alguns já reapareceram mortos. Nossos repórteres investigam a história do matador de taxistas!

Agosto de 2004. Um desconhecido chega à cidade de Pouso Alegre, sul de Minas. Contrata uma corrida de táxi para São Paulo. O motorista não pode viajar. Mas convida um amigo para fazer o serviço: Daniel de Souza Lima.

“Pediu pro Daniel levar o rapaz em São Paulo. Eles saíram pra levar o rapaz e ele não apareceu mais”, conta José de Oliveira Lima, pai de Daniel.

Daniel pega o desconhecido na hora marcada. Segue pela estrada. Um dia depois, o corpo dele é encontrado com um tiro na cabeça, em São Paulo.

Daniel foi a última vítima identificada pela polícia de um assassino em série que vem atacando motoristas de Minas Gerais. A tática é sempre a mesma: ele contrata uma corrida para São Paulo e o taxista e o carro desaparecem. Com a morte de Daniel já são seis as vítimas nos últimos 40 dias.

O primeiro ataque foi em Porteirinha. O taxista Edmárcio Martins, dia 23 de julho. Em Inhapim, o assassino pega o táxi de José Wanderley de Souza, dia 5 de agosto. O último contato do motorista com a família foi num posto de gasolina.

“O frentista falou que ele estava acompanhado de um rapaz, e o rapaz estava muito agitado, andava de um lado pro outro. E meu irmão parecia tranqüilo”, declara a irmã de José Wanderley.

Quatro dias depois, outra vítima: Hélio Gualberto Lord, em Lassance. No dia 12 de agosto, o ataque é na capital, Belo Horizonte. O motorista Flávio Augusto de Souza também desaparece. Dia 19 de agosto. A vítima é Willian Max de Souza Carvalho, na cidade de João Pinheiro. E, cinco dias depois, Daniel de Souza Lima, em Pouso Alegre.

“A notícia que temos é que o corpo foi encontrado e que o irmão reconheceu”, conta Rita de Cássia Luna, amiga de Daniel.

Willian e Flávio continuam desaparecidos. Os corpos de Daniel, Edmárcio, José Wanderley e Hélio foram encontrados numa região de mata fechada em São Bernardo do Campo, São Paulo. Não muito longe de onde mora a família do principal suspeito dos crimes: Anestor Bezerra de Lima.

“O perfil dele é de um criminoso comum. Mas com um profundo distúrbio psicológico. Ele não tem mais mecanismos para frear o ato violento. E essa falta de mecanismos está levando ele a cometer crimes em série, e muito próximos um do outro”, analisa o delegado Marcos Carneiro Lima.

Ex-motorista de ônibus, Anestor foi demitido por restrição em avaliação psicológica. O laudo aponta desestruturação psíquica e comportamento de grandeza e hostilidade.

“Na avaliação é dito que ele não aceita ordens, regras e normas. É um sujeito crítico, ou seja: uma bomba de retardo, pronta pra explodir a qualquer momento”, compara o delegado Lima.

Para identificar o homem – considerado o maior assassino em série de São Paulo desde a prisão do Maníaco do Parque – primeiro foi feito o retrato falado. Seguindo orientação de quem viu Anestor pegar os táxis.

“Ele tem estatura de 1,75m, aproximadamente. Ele possui a pele branca, tem cabelos curtos e castanhos. Tem os olhos castanhos”, detalha a delegada Cristina Cicarelli Masson.

Num vídeo, que o Fantástico mostra com exclusividade, Anestor aparece com óculos. Foi filmado quando participava de uma festa em Minas.

“A imagem congelada e a fotografia apresentada às demais testemunhas dos outros casos, o que possibilitou seu reconhecimento imediato”, explica a delegada Cristina.

A principal pista veio de um número de telefone que Anestor deixou com uma mulher, em Minas. Era de uma farmácia, perto de uma casa onde ele morou, em Diadema, São Paulo. Pela foto, os policiais do bairro identificaram Anestor Bezerra de Lima. Já fichado como ladrão e golpista.

“É pessoa que tem poder de convencimento muito grande, constrói uma história, e as pessoas acreditam na história, mesmo porque ele é estelionatário. Essa é uma característica do crime de estelionato”, diz a delegada Cristina.

O criminoso ainda desafiou a polícia. Ligou para o delegado cinco vezes, quando a mãe foi levada para depor. E mais: o assassino de taxistas chegou a conversar por telefone com a família e amigos das vítimas. E passava informações falsas.

“Ele se identificou como sargento Gabriel. Me deu a informação de que tinha ocorrida um acidente com uma van branca e que o Daniel estava em coma num hospital de Itajubá”, conta uma amiga de Daniel.

A ligação foi feita de Campinas, interior de São Paulo, no sábado, 28 de agosto. Dois dias depois, um taxista de Campinas aparece morto na beira de uma estrada. O carro não foi levado. O motorista acionou o bloqueio de gasolina. Jaime Andrade da Silva, mineiro, de 52 anos, pode ser a sétima vítima do assassino de taxistas.

Douglas Baptista – O Maníaco de Santos 

Investigadores de São Vicente (litoral de São Paulo) começaram a vasculhar os arquivos do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), em São Paulo, em busca de casos de crianças desaparecidas cujos corpos tenham sido encontrados com pés e mãos amarrados.
Essa era a principal característica dos crimes atribuídos ao caminhoneiro Douglas Baptista, 52, acusado pelas mortes de oito crianças com idades de cinco a 12 anos, cometidos na Baixada Santista entre 1992 e 2003.

A polícia suspeita que Baptista possa ter sido o autor de outros homicídios, além dos oito que confessou –sete meninas e um menino. Desses, quatro cadáveres foram encontrados.
De acordo com a investigação, há dois hiatos no período de 11 anos em que os crimes ocorreram. Não há registros de casos em 1993 e entre 1998 e 2002, quando o caminhoneiro supostamente viveu fora de São Vicente –ele não revela o local. Em cada um dos outros anos do período, pelo menos uma criança foi morta da mesma forma.

O delegado Niêmer Nunes Júnior, que conduz a investigação, disse que a polícia gaúcha está colaborando no levantamento de eventuais novos casos, já que Baptista morou em Porto Alegre no início dos anos 90. Ele também investiga a possibilidade de o caminhoneiro ter residido no Vale do Paraíba, onde teria instalado uma linha telefônica em 2000. O último endereço dele era em Praia Grande (litoral paulista).

Conhecidos 

Todas as crianças mortas moravam na vizinhança dos endereços em que Baptista residiu, na periferia de São Vicente. Em todos os casos, ele era conhecido das crianças e dos familiares delas. “Ele só seqüestrava crianças com quem tinha um relacionamento mínimo”, afirmou o delegado.
O caminhoneiro está preso desde dezembro, após as mortes de Najila de Jesus e Nathaly Jennifer Ribeiro, ambas de cinco anos.

Com os pés e mãos amarrados, os corpos das duas surgiram no rio Aguapeú, em Itanhaém (litoral sul). No dia seguinte, os policiais chegaram a Baptista porque uma testemunha identificou o carro usado no crime.

O caminhoneiro confessou os crimes, segundo a polícia, mas negou que os tivesse premeditado.

Trauma 

Em depoimento à polícia, o caminhoneiro tentou atribuir seus crimes a um trauma de infância. Em seu depoimento, Baptista, que está na Penitenciária 1 de São Vicente após ser transferido depois que presos tentaram matá-lo, disse que, quando criança, foi jogado em uma piscina e, por isso, passou a sentir uma força incontrolável e prazer ao ver crianças morrendo afogadas.

Baptista disse ainda que atraía as crianças com a promessa de lhes dar doce ou de levá-las para andar de caminhão. Disse ainda que, caso não fique preso, poderá cometer novos crimes. Ele também confessou que não sentia nenhum tipo de remorso após matar as crianças, sempre da mesma forma: elas eram atiradas em rios, mangues ou no mar, amarradas ou não, e sempre com vida.

Entre as vítimas de Baptista está uma enteada, a estudante Vanessa Hilário Ferreira, 12. “Não dá para crer que, durante 11 anos, eu vivi ao lado do homem que matou a minha filha e, descaradamente, me ajudava a procurá-la por aí”, disse a doméstica Rejane Terezinha Hilário Ferreira, 46, que está separada de Baptista há cerca de oito anos.

Wanderley Antônio dos Santos – O Mestre Cão 

O professor de capoeira Wanderley Antônio dos Santos, 41, o Mestre Cão, foi condenado hoje pela 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (Comarca Niterói, a 15 km da capital) a 22 anos de prisão por assalto, estupro e assassinato da adolescente Dinys Alcântara Neves dos Santos, 14. O crime ocorreu no dia 25 de julho de 1995, em Niterói.

Santos, que já estava preso, é conhecido como o “maníaco de Piratininga”. Ele é suspeito também de ter estrangulado três mulheres na região oceânica de Niterói, entre elas a jornalista Silvia Thomé, nos anos de 1994 e 95.

Segundo denúncia do Ministério Público Estadual, Santos abordou Dinys na lagoa de Piratininga. Depois de ter assaltado Dinys, ele a agrediu com golpes de capoeira e a estrangulou com a calcinha da adolescente.
Com o capoeirista, foram encontradas as roupas da vítima. Em depoimento na época, Mestre Cão confessou o crime. Também disse que havia matado as três mulheres. Recentemente, em relato à Justiça, negou tudo, alegando que teria problemas mentais.

Atitude reprovável - Na sentença, o juiz César Cury disse que “as consequências do crime são absolutamente reprováveis porque a vítima ainda estava no início da vida e por ter marcado seus familiares”. Segundo ele, “o comportamento da vítima em nada contribuiu para o desfecho repulsivo”.

O juiz afirmou ainda que o réu agiu sob “total desprezo pela vida e liberdade humanas”.

Santos deverá cumprir a pena em regime fechado e não poderá interpor recurso em liberdade. Ele está preso desde a época do crime.

No dia 17 de agosto de 1987, a empregada do psiquiatra Antonio Carlos Di Giacomo chegou para trabalhar e encontrou um cenário de horror. Debruçado sobre uma poça de sangue, com pés e mãos amarrados e uma meia na boca, estava o médico formado pela Escola Paulista de Medicina. Quando a polícia chegou ao local, percebeu se tratar de mais uma vítima do Maníaco do Trianon, um serial killer que atuava nas imediações do Parque Tenente Siqueira Campos, conhecido ponto de prostituição masculina na região da avenida Paulista. Suas vítimas eram profissionais bem-sucedidos, que moravam sozinhos e eram homossexuais. Os crimes aterrorizaram a comunidade gay da época, já assustada com a escalada de violência contra os homossexuais por conta da disseminação do vírus da Aids.

Fortunato Botton Neto – O Maníaco do Trianon 

Entre 1986 e 1989, Fortunato Botton Neto, garoto de programa que atuava no Trianon, matou 13 homens – com idades entre 30 e 60 – com requintes de crueldade. Quando foi preso, confessou os crimes com detalhes de embrulhar o estômago.

Depois de combinar o preço do programa, ele seguia para o apartamento das vítimas, onde bebia com elas até que ficassem totalmente alcoolizadas. Amarrava os tornozelos e os pulsos, amordaçava e matava por estrangulamento, golpes de faca ou chave de fenda.

Em alguns casos, chegou a pisotear as vítimas até que os órgãos internos saíssem pela boca, ouvidos, nariz e ânus. Terminado o serviço, ele vasculhava o apartamento da vítima à procura de dinheiro e objetos valiosos que pudessem ser vendidos facilmente sem levantar suspeitas.

A frieza com que Neto relatou os crimes chocou os policias que trabalhavam no caso. Em de seus depoimentos, o maníaco diz: “Matar é como tomar sorvete: quando acaba o primeiro, dá vontade de tomar mais, e a coisa não para nunca”. Neto foi condenado por três dos sete crimes que confessou. Morreu na prisão em fevereiro de 1997, de broncopneumonia decorrente da Aids.

O linguiceiro da rua do Arvoredo 

1863. Província de Porto Alegre. O açougueiro José Ramos, um homem elegante e viajado, que frequentava as casas de ópera da cidade e tinha excelente gosto musical, fazia sucesso entre a população com a venda de linguiças que ele e a mulher, Catarina Pulse, preparavam. O que ninguém sabia é que o ingrediente principal da referida iguaria era a carne das vítimas do casal, seduzidas pela promessa de uma noite de luxúria com Catarina. No matadouro disfarçado de alcova, as vítimas eram distraídas com conversa inebriante e recebiam boa comida e boa bebida – além de um golpe certeiro de machadinha desferido por Ramos, que abria suas cabeças de alto a baixo.

Com a ajuda de Carlos Claussner, o açougueiro Ramos degolava, esquartejava, descarnava, fatiava e guardava as vítimas em baús, moendo-as aos poucos e transformando-as nas famosas linguiças, que eram vendidas em seu açougue na rua da Ponte (hoje rua Riachuelo). Os crimes da rua do Arvoredo foram descobertos em 1894, chocando os cerca de 20 mil habitantes da cidade. Ramos foi condenado à forca. Catarina foi internada em um hospício, onde morreu louca. Claussner, àquela altura, já havia virado linguiça. Apesar do escândalo, os crimes foram ignorados pela imprensa da época. A história repercutiu apenas nos jornais da França e do Uruguai. Acredita-se que o caso tenha sido abafado porque a população da cidade queria esquecer que tinha sido transformada por Ramos em canibal.

Não se sabe ao certo quantos pobres diabos Ramos matou. Nem os motivos que o levaram a isso. Mas ele pode ser considerado o primeiro serial killer brasileiro de que se tem registro. Oficialmente, no entanto, o primeiro foi Preto Amaral, que você vai conhecer na próxima página.

Preto Amaral 

Aos 17 anos, o escravo José Augusto do Amaral foi liberto pela Lei Áurea e entrou para o exército, servindo em todo o país. Na Guerra dos Canudos (1897), ele foi promovido a tenente. Finda a guerra, Amaral integrou batalhões de polícia e  desertou. Acabou sendo preso em Bagé, Rio de Janeiro, ao tentar desertar do exército nacional. Foi condenado a sete meses de prisão e, ao sair, aos 56 anos, passou a fazer bicos em São Paulo.

Em 1927, Amaral foi preso novamente. Desta vez, acusado de seduzir, estrangular e  estuprar três rapazes. Em seu depoimento, Amaral contava que seduzia e depois asfixiava as vítimas, estuprando-as depois de mortas.  A primeira vítima tinha 27 anos e conheceu Amaral na Praça Tiradentes, depois de pedir-lhe fósforos. Conversa vai, conversa vem, foram para um botequim tomar café, onde Amaral o convidou para assistir a um jogo de futebol. O corpo de Antônio Sanchez foi encontrado próximo ao Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.

A segunda vítima tinha apenas 10 anos e foi atraída por Amaral com balões que ele vendia na região do Canindé, também na zona norte. O corpo de José Felippe Carvalho foi encontrado 13 dias depois, sem os membros superiores. Antônio Lemostinha 15 anos quando foi abordado por Amaral nos arredores do Mercado Municipal, na região central da cidade. Amaral ofereceu almoço à vítima e partiu com ela num bonde rumo à Lapa. Foi só quando o corpo de Lemos foi encontrado que a polícia percebeu estar diante de um assassino incomum. Mas não havia nenhuma pista do assassino, até que Roque Piccili, um engraxate de 9 anos conseguiu escapar de Amaral. O assassino levou o menino para debaixo de uma ponte e já o estrangulava quando se assustou ao ouvir vozes e fugiu. O menino contou à polícia e Amaral foi preso e torturado. Na cadeia, confessou os crimes, contando em detalhes como matou suas vítimas.

Os crimes ganharam as manchetes nacionais. Amaral foi chamado de “monstro negro”, “diabo preto” e “estrangulador de crianças”. Acabou ficando conhecido como “Preto Amaral”. Morreu na Cadeia Pública de São Paulo, cinco meses depois de ser preso, de tuberculose, antes de ser julgado. Os motivos reais que levaram Amaral aos crimes ainda são um mistério, mas o psiquiatra que o examinou na prisão relacionou-os ao tamanho do pênis do ex-escravo. Na época, era comum relacionar o tamanho do pênis ao tamanho da bestialidade do criminoso.

Apesar de ter confessado os crimes, Amaral pode não ter sido o real culpado. Crimes semelhantes continuaram ocorrendo mesmo depois da prisão de Amaral, que tinha apresentado álibis para os dois primeiros assassinatos. Mesmo assim, Amaral acabou ganhando o título de primeiro serial killer brasileiro.

Febrônio Índio do Brasil – O Filho da Luz 

Nem bem Preto Amaral foi preso, e outro assassino serial apareceu para aterrorizar a população em 1927 – Febrônio Índio do Brasil. Os corpos de suas vítimas foram encontrados no ilha do Ribeiro, no Rio de Janeiro, nus, tatuados com as letras DCVXVI, e com marcas de estupro e estrangulamento. Auto-intitulado “Filho da Luz” (por estar em uma luta contra o demônio), ele abordava as vítimas com a promessa de um emprego que complementaria a parca renda familiar. Depois as levava para a isolada ilha do Ribeiro, onde as tatuava, estuprava e matava. O serial killer ainda tentou matar outros rapazes – todos com idades entre 8 e 14 anos -, que conseguiram escapar depois de sessões de tortura e estupro.

Quando foi preso, depois de ser reconhecido por familiares das vítimas, negou a autoria dos crimes. Mas acabou confessando ter estrangulado, em 13 de agosto de 1927, o menor Almiro José Ribeiro e jogado o corpo da vítima num matagal. Depois, assumiu a autoria do assassinato e estupro de Jonjoca, um menino de 10 anos. Ao levantar a ficha de Febrônio, os policiais viram que ele já havia sido preso 29 vezes, por fraude, pederastia e tendências homossexuais, tentativa de atentado violento ao pudor e exercício ilegal da odontologia. O Filho da Luz dizia ter visões que ordenavam que ele tatuasse dez rapazes para seguir sua missão contra o demônio. As letras tatuadas nas vítimas e em seu próprio tórax, segundo ele, significavam “Deus Vivo” ou “Imana Viva”. Com uma religiosidade aflorada, Febrônio chegou a mandar publicar o seu próprio evangelho, intitulado “As revelações do príncipe do fogo”. Todas as cópias foram queimadas pela polícia quando Febrônio, considerado inimputável, foi para o manicômio, onde permaneceu até morrer, aos 89 anos de idade.

Francisco Costa Rocha – Chico Picadinho 

Em 1966, a bailarina austríaca e boêmia Margareth Suida conheceu o corretor de imóveis Francisco Costa Rocha. A boa aparência e a boa lábia do moço, misturadas à bebida, acabaram atraindo Suida para o apartamento de Rocha. E para uma morte horrível. No meio da relação sexual, Rocha tornou-se violento. Mordeu-a, socou-a e tentou estrangulá-la com as mãos. Sem sucesso, terminou o trabalho com um cinto. Depois de certificar-se que Suida estava morta, decidiu livrar-se do corpo. Mas como? Rocha pegou uma lâmina de barbear, uma tesoura e uma faca e começou a retalhar o corpo ali mesmo, no tapete do sala. Começou cortando os seios, depois retirou os músculos da parte da frente. Levou o corpo para banheiro, retirou as vísceras e as jogou no vaso sanitário. Desistiu, pegou uma sacola plástica e colocou lá as tripas da moça. Voltou ao corpo, agora na banheira, e retirou parte dos músculos das costas e um pedaço das nádegas. Foi denunciado pelo amigo com quem dividia a quitinete, condenado a 18 anos de prisão e libertado na metade da pena por bom comportamento. Era um preso exemplar, que lia Nitzsche, Dostoiéviski, Frankel e Kafka. Ganhou a confiança do diretor e a liberdade condicional em junho de 1974.

Dois anos, dois casamentos e dois filhos depois, Francisco matou e retalhou a prostituta Ângela da Silva Souza com os mesmos requintes de crueldade com que havia matado Suida. Para esconder o corpo, Francisco arrastou-o até o banheiro e, munido de uma faca de cozinha, um canivete e um serrote, começou a retalhar o cadáver. Cortou fora os seios, abriu o ventre, retirou as vísceras e jogo-as no vaso sanitário. Como o encanamento entupiu, Francisco decidiu mudar de tática: picou o corpo de Souza bem miúdo e distribuição porções em sacos plásticos e em uma mala de viagem para facilitar o trasnporte. Demorou entre 3 e 4 horas para concluir o “serviço”. Novamente, foi denunciado pelo companheiro de apartamento.

“Chico Picadinho”, como ficou conhecido, voltou para a prisão. Foi condenado a 22 anos e meio pelo crime e deveria ter sido solto ao fim da pena máxima de 30 anos. Mas ao término da pena, em 1998, em vez de ser posto em liberdade, Chico Picadinho foi mandado para a Casa de Custódia de Taubaté, sob a alegação de que criminosos psicopatas podem ser mantidos indefinidamente em estabelecimentos psiquiátricos para receber tratamento. Chico Picadinho ainda está preso.

Francisco de Assis Pereira – Maníaco do Parque 

Nove. Este foi o número de mulheres encontradas mortas, com sinais de espancamento e estupro, no Parque do Estado, na divisa de São Paulo com Diadema, em 1998. Elas não tinham nada em comum, a não ser o desejo escondido de se tornar modelo fotográfico. Foi com a promessa de uma sessão de fotos para um catálogo que o motoboy Francisco de Assis Pereira conseguiu atrair para o Parque 14 moças. Cinco conseguiram escapar depois de ser estupradas e ter coxas, seios e costas mordidas pelo motoboy. As nove restantes não tiveram a mesma sorte. Foram mortas por estrangulamento, com o cadarço dos sapatos ou uma cordinha que Pereira levava na pochete. O “Maníaco do Parque”, como ficou conhecido, fugiu quando seu retrato falado foi divulgado pela polícia. Foi preso uma semana depois, no Rio Grande do Sul, quando um pescador reconheceu o rosto do retrato falado e denunciou sua presença à polícia local.

Ao ser preso, Pereira primeiro negou a autoria dos crimes, depois confessou que havia matado todas as nove mulheres encontradas no Parque do Estado. Foi condenado a 274 anos de prisão e jurado de morte pelos internos. Quando foi questionado sobre os motivos que o levaram a matar as mulheres, Pereira disse: “Eu tenho um lado ruim dentro de mim. É uma coisa feia, perversa, que eu não consigo controlar. Tenho pesadelos, sonho com coisas terríveis. Acordo todo suado. Tinha noite que não saía de casa porque sabia que na rua ia querer fazer de novo, não ia me segurar. Deito e rezo, pra tentar me controlar” [fonte: Veja]. Pereira atribui isso ao fato de ter sido molestado por uma tia quando criança e de ter sido violentado por um patrão na adolescência.
Paulo Sérgio Guimarães da Silva – Maníaco de Novo Hamburgo


Entre dezembro de 1998 e março de 1999, o pescador Paulo Sérgio Guimarães da Silva, conhecido por “Titica”, atacou quatro casais, o que resultou na morte de sete pessoas e deixou tetraplégica uma menina de 14 anos.

Depois que “Titica” começou a agir, os moradores da praia do Cassino, onde aconteceram três dos quatro crimes, tiveram suas rotinas modificadas devido à série de assassinatos.No dia 12 de dezembro de 1998, o casal de namorados Felipe Santos, de 19 anos e Bárbara da Silva, de 22 anos, foi encontrado morto a tiros ao lado do carro estacionado a beira mar.


André Luiz Cassimiro – O Estrangulador de Juiz de Fora 

E não é que Juiz de Fora já teve um Serial Killer e eu não sabia? Segue o “portfolio” de André Luiz Cassimiro, o Estrangulador de Juiz de Fora:

Um ex-condenado com um gosto para mulheres mais velhas, Cassimiro confessou ter violentado e matado cinco mulheres em Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Os cinco mortos eram mulheres entre 58 e 77 anos e moravam sozinhas. Todas as vítimas foram torturadas, estranguladas com fios de eletrodomésticos e violentadas.

A cidade de Juiz de Fora foi dominada pelo medo até 29 de maio de 1996, quando Andre Luiz Cassimiro, 31, foi preso. “Eu entrava para roubar as casas delas”, explicou o assassino, sem piedade, “mas acabei matando-as. Nesses momentos eu sentia ódio pela pouca idade das mulheres. Agora, sinto nada.”

Fingindo ser um lavador de carro, Cassimiro passava vários dias observando os movimentos e a rotina diária de suas futuras vítimas. “Até que ele entrava na casa e se mostrava um ladrão de senhoras”, disse o chefe de polícia José Márcio Carneiro. “Uma vez lá dentro, ele virou um psicopata.” As mulheres foram primeiramente presas às suas camas e amordaçadas. Depois, elas foram violentadas e estranguladas. Ele, então, cobria seus corpos sem vida com um cobertor, porque “não gostava de olhar para eles.” Após o seu sádico ritual, ele revirava a casa de pernas para o ar à procura de dinheiro e eletroeletrônicos.

Quando foi preso Cassimiro ainda estava pagando os 11 anos e 10 meses de prisão, por conta de seis condenações de roubo, em liberdade condicional. “Na prisão, ele era um prisioneiro modelo”, afirmou Jairo Ferreira Cristovam, diretor da penitenciária. Em 19 de junho de 1995, menos de cinco horas após ter recebido autorização judicial para passar as férias em casa no feriado de Corpus Christi, Cassimiro cometeu seu primeiro assassinato. A vítima foi Zilda Araujo Barbuth, 76. “Ela estava dormindo quando entrei, mas acordou quando derrubei o rádio-relógio. Quando ela tentou gritar, a amarrei e amordacei-a com um fio na cama”. Ele então procedeu o estupro e estrangulou-a. Antes de sair, Cassimiro foi à cozinha e comeu um pedaço de goiabada. Após o assassinato, ele retornou para a prisão e dois meses mais tarde foi libertado em condicional.

Cassimiro matou Odete Barbosa da Silva, sua segunda vítima, um ano e meio depois. Eles terminaram a sua relação em meados de 1995. Seis meses mais tarde a mulher, de 62 anos, foi encontrada estrangulada em sua casa. Ele não conhecia sua terceira vítima, Aldenira Mello, 58. Ele encontrou-se com a quarta, Malvina Maria de Oliveira, 77, da Terceira Idade. Dançaram a noite toda antes de ela permitir que o jovem a levasse corpo foi encontrado três dias mais tarde com a cabeça esmagada. Ele matou sua última vítima, Celia Nicolini de Farias, em 13 de maio de 1996. Acredita-se que a viúva, de 74 anos, foi estuprada por Andre post-mortem.

Cassimiro foi pego por causa de uma bisbilhotice de sua irmã, Joaquina, que não tinha conhecimento de seus crimes. Ela falou com um amigo que tinha visto um cartão com o nome de Zilda Araujo Barbuthunder debaixo do colchão de seu irmão. O amigo informou à polícia e ele foi preso. Em custódia, Cassimiro confessou todos os crimes e afirmou que ele “estava drogado” durante seu longo ano de assassinatos.

Edson Izidoro Guimarães – o Enfermeiro da Morte 


Edson Izidoro Guimarães, nascido no Rio de Janeiro em 1957, conhecido como “ Anjo da Morte” ou “Enfermeiro da Morte”, é um ex-auxiliar de enfermagem que assistia no setor de emergência do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, responsável direto pela morte de pelo menos cinco pessoas. Estima-se que o número verdadeiro de suas vítimas, porém, seja superior a cem, o que o transformaria num dos maiores assassinos em série do Brasil e do mundo.
Edson Izidoro Guimarães foi preso em 07 de maio de 1999, quando trabalhava no plantão do Hospital Salgado Filho. No dia 21 desse mês ele foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de asfixia e veneno e mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas). Ele ficou conhecido como o “Enfermeiro da Morte” por ter desligado os aparelhos respiratórios das pacientes terminais Márcia Garnier Pereira, Maria Aparecida Pereira e Francisca Teresa Coutinho de Oliveira.

Ele também foi condenado por ter injetado cloreto de potássio em Matias Gomes, o matando por embolia pulmonar. Os assassinatos ocorreram em 7 de maio de 1999, no mesmo dia em que acabou sendo preso. Izidoro confessou que matava os pacientes terminais para receber comissão de funerárias. Ele chegou a ser acusado de outras 126 mortes ocorridas durante seus plantões.

Em 17 de fevereiro de 2000, Edson Izidoro Guimarães foi condenado a 76 anos de prisão, resultado da soma das quatro penas de 19 anos pelas mortes dos quatro pacientes do Hospital Municipal Salgado Filho. A defesa apelou, e no dia 13 de março de 2001, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em decisão unânime, reformou a sentença por entender que houve crime continuado e não concurso material de crimes.

Na ocasião, a Câmara fixou a pena de Edson Izidoro em 31 anos e oito meses de reclusão, permitindo à defesa protesto por novo júri, igualmente aceito por unanimidade. Em 27 de setembro de 2001 Guimarães foi novamente julgado, agora pelo III Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.

Atualmente, Edson permanece preso nas celas da Polinter, no Rio de Janeiro, e, ao que tudo indica, não abandonou a profissão de enfermeiro. Segundo policiais, o auxiliar de enfermagem é requisitado “sempre que um interno sente-se mal”. É ele quem presta os primeiros socorros na carceragem, a pedido dos próprios policiais e detentos.

Além disso, Izidoro é considerado preso de bom comportamento e desfruta de “algumas regalias”. Por ser classificado como “faxina”, detento que presta serviço ou ajuda na prisão, ele, que já dividiu espaço com outros 31 presos, ocupa uma cela com cerca de sete condenados, equipada com televisão, fogão, geladeira e colchões.

Conforme informaram alguns policiais, esse tipo de tratamento é dispensado aos presos primários, de bom comportamento, sem nenhum tipo de ligação com facções criminosas. O caso serviu para tornar pública uma prática que até então era muito comum nos hospitais do Rio de Janeiro e possivelmente do restante do país: a máfia das funerárias.

Com a prisão de Edson Izidoro Guimarães foi confirmado um esquema no Hospital Salgado Filho, onde as empresas funerárias agiam livremente pagando comissões a quem indicasse seus serviços. As investigações mostraram que o auxiliar de enfermagem chegava a lucrar entre cem e mil reais, dependendo do tipo de morte. As mortes naturais rendiam menos que aquelas produzidas por acidentes de trânsito. Estas últimas envolviam um esquema de seguro. Foi descoberto que a ação da máfia das funerárias não se restringia ao Rio de Janeiro.

A prefeitura de São Paulo também admitiu que sua população era vítima da ação criminosa de agentes funerários, não ficando provado que a máfia paulista chegasse ao extremo das similares no estado onde Edson operava.

Em 23 de agosto de 2009, a 11ª Câmara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) condenou o município do Rio de Janeiro a pagar indenização moral de R$ 50 mil a Sebastiana Barbosa, viúva de Jorge Barbosa, morto por Edson em abril de 1999. De acordo com o processo, Jorge foi internado no Hospital Albert Schweitzer depois de sofrer convulsões e, logo após, foi transferido para o Hospital Salgado Filho, no Méier. Como Jorge estava medicado e as crises controladas, Sebastiana resolveu retornar para casa. Ao voltar ao hospital, no dia seguinte, descobriu que ele havia falecido. Sebastiana é o primeiro parente de uma vítima do “Enfermeiro da Morte” a receber indenização.