Nós
já batalhamos contra muitos vírus, e ganhamos, erradicando doenças perigosas do
planeta. No entanto, como o surto de ebola atual demonstra, estamos muito longe
de vencer a guerra. A
cepa que está devastando a África Ocidental, Ebola Zaire, mata até 90% das
pessoas que infecta. Apesar de assustador, esse número fica menor se comparado
a outros vírus igualmente mortais ou ainda piores que existem na Terra.
Confira
os nove assassinos mais virulentos do mundo, com base na probabilidade de uma
pessoa de morrer se for infectada com um deles, o grande número de pessoas que
já mataram, e se representam uma ameaça crescente:
9. VÍRUS DE MARBURG
O
vírus de Marburg é semelhante ao ebola no fato de que ambos podem causar febre
hemorrágica, o que significa que as pessoas infectadas desenvolvem febre alta e
sangramento pelo corpo todo que pode levar a choque, falência de órgãos e
morte.
A
taxa de mortalidade no primeiro surto foi de 25%. Mais tarde, em um surto
ocorrido entre 1998 e 2000 na República Democrática do Congo, bem como no surto
de 2005 em Angola, essa taxa foi de 80%, de acordo com a Organização Mundial de
Saúde (OMS).
8. EBOLA
O
ebola é transmitido pelo contato com sangue ou outros fluidos corporais de
pessoas ou animais infectados. As cepas conhecidas variam drasticamente em sua
letalidade. Uma delas, Ebola Reston, nem sequer deixa as pessoas doentes. Já a
cepa Bundibugyo tem uma taxa de letalidade de até 50%, enquanto a cepa Sudan
tem uma taxa de até 71%.
O
surto em andamento na África Ocidental começou no início de 2014 e é o maior e
mais letal da doença até o momento, segundo a OMS.
7. RAIVA
A vacinação antirrábica para animais, introduzida na década de 1920, tornou a
doença extremamente rara no mundo desenvolvido, mas a condição permanece um
problema grave na Índia e em partes da África.
A
raiva destrói o cérebro, mas felizmente existe tratamento contra ela. No
entanto, se alguém infectado não for cuidado, tem 100% de chances de morrer.
6.
HIV
A
doença infecciosa que mais afeta a humanidade atualmente é o HIV. Estima-se que
36 milhões de pessoas morreram do vírus desde que a doença foi identificada
pela primeira vez, no início de 1980.
Medicamentos
antivirais poderosos tornaram possível para os pacientes viver durante anos com
HIV, mas a doença continua sem cura e devasta muitos países de baixa e média
renda, onde 95% das novas infecções por HIV ocorrem. Segundo a OMS, quase 1 em
cada 20 adultos na África Subsaariana é HIV-positivo.
5. VARÍOLA
Em 1980, a Assembleia Mundial da Saúde declarou o mundo livre da varíola. Antes
disso, porém, ela matou muitos seres humanos. 1 em cada 3 infectados perecia.
Os sobreviventes ficavam com profundas e permanentes cicatrizes, além de,
muitas vezes, cegueira.
As
taxas de mortalidade eram ainda mais elevadas em populações fora da Europa,
onde as pessoas tinham pouco contato com o vírus. Por exemplo, historiadores
estimam 90% da população nativa das Américas morreu de varíola introduzida por
exploradores europeus. No século 20, por si só, a varíola matou 300 milhões de
pessoas.
4. HANTAVÍRUS
Síndrome pulmonar por hantavírus (HPS, na sigla em inglês) é uma doença que
causa falta de ar. O vírus não é transmitido de uma pessoa para outra, e sim
contraído por exposição a excrementos de ratos infectados.
Até
hoje, mais de 600 pessoas nos EUA pegaram HPS, e 36% morreram da doença.
Anteriormente, um hantavírus diferente causou um surto no início de 1950
durante a Guerra da Coréia, na qual mais de 3.000 soldados foram infectados e
cerca de 12% morreram.
3. INFLUENZA
Durante uma temporada normal de gripe, até 500.000 pessoas em todo o mundo
morrem da doença, segundo a OMS. De vez em quando, quando uma nova cepa emerge,
resulta em uma pandemia com taxas de mortalidade mais elevadas (por exemplo,
gripe aviária ou gripe suína).
A
pandemia de gripe mais letal de que temos conhecimento foi a chamada gripe
espanhola, iniciada em 1918. Ela matou até 40% da população do mundo, ou cerca
de 50 milhões de pessoas. Se uma nova estirpe da gripe tão letal quanto essa
surgir novamente, teríamos um problema enorme.
2. DENGUE
Até 40% da população mundial vive em áreas onde a dengue é endêmica. A doença –
e os mosquitos que a carregam – devem se espalhar ainda mais conforme o mundo
aquece.
A
dengue adoece 50 a 100 milhões de pessoas por ano, de acordo com dados da OMS.
Embora a taxa de mortalidade da condição seja menor do que alguns outros vírus
– 2,5% -, ela ainda pode causar uma doença chamada dengue hemorrágica com uma
taxa de mortalidade de 20%, se não for tratada.
1. ROTAVIRUS
A principal causa de doença diarreica grave entre bebês e crianças pequenas são
os rotavirus. Eles podem se espalhar rapidamente, através do que os pesquisadores
chamam de rota fecal-oral (o que significa que pequenas partículas de fezes
acabam sendo consumidas).
Embora
as crianças no mundo desenvolvido raramente morram de infecção por rotavírus, a
doença é uma grande assassina no mundo em desenvolvimento, onde tratamentos de
reidratação não são amplamente disponíveis.
A
OMS estima que, em todo o mundo, 453 mil crianças menores de 5 anos de idade
morreram de infecção por rotavírus em 2008. Duas vacinas estão agora
disponíveis para proteger os pequenos contra a doença, e os países que as
introduziram relataram quedas acentuadas nas internações e mortes pelo vírus.
Fonte: HypeScience