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Pedrinho Matador

O criminoso que será tema da postagem de hoje tornou-se conhecido pelo apelido de Pedrinho Matador, um dos mais famosos seriais killers brasileiros. Pedro Rodrigues Filhos nasceu na cidade mineira de Santa Rita do Sapucaí no ano de 1954. Segundo o próprio criminoso ele teria sido responsável pela morte de 100 pessoas.


Pedrinho cometeu seu primeiro crime quando tinha 14 anos de idade. Dos 100 assassinatos cometidos por ele, 47 aconteceram dentro dos presídios nos quais ele esteve aprisionado. Ele ainda não respondeu por todos os seus crimes. O prazer por matar deu a ele uma espécie de status de rei entre os presos.


O início da vida de um monstro

Pedrinho nasceu numa fazenda em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas Gerais. A mãe de Pedrinho havia sido agredida a chutes pelo pai do criminoso durante o período de gestação, o que acabou fazendo com que Pedrinho viesse ao mundo com uma lesão no crânio, resultado dos golpes que seu pai aplicou na barriga da mãe.

Em relatos Pedrinho afirma que a vontade de matar aflorou cedo, por volta dos 13 anos de idade. Nessa época Pedrinho empurrou um primo mais velho contra uma máquina de moer cana, durante uma briga. O primo conseguiu escapar da morte por pouco.

Os primeiros Crimes

O primeiro homicídio creditado a Pedrinho não demoraria a acontecer, a vitima seria o vice-prefeito de Alfenas, Minas Gerais, morto a tiros pelo jovem criminoso. A motivação para o crime seria a demissão do pai de Pedrinho, que era guarda escolar e foi acusado de roubar merende da escola onde trabalhava. Logo em seguida Pedrinho acabou assassinado um homem que também trabalhava como vigia, sujeito esse que Pedrinho julgava ser o verdadeiro ladrão de merenda.

Nessa época Pedrinho Matador tinha apenas 14 anos. Assim como 4 em cada 5 presidiários, Pedro possui baixa escolaridade. Ele nunca teria frequentado a escola.

Após esses dois assassinatos o criminoso se refugiou em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde montou um bando e começou a roubar pontos de vendas de drogas e a matar traficantes. Conheceu a viúva de um líder do tráfico, apelidada de Botinha, e foram viver juntos. Assumiu as tarefas do falecido e logo foi obrigado a eliminar alguns rivais, matando três ex-comparsas. Morou ali até que Botinha foi executada pela polícia. Pedrinho escapou, mas não deixou a venda de drogas. Logo em seguida ele montou o próprio negócio e recrutou um bom número de soldados.

Nessa época Pedrinho teria conhecido o grande amor de sua vida - Maria Aparecida Olímpia. Pedrinho declarou que ainda hoje ama Maria, tendo ele feito uma tatuagem com seu nome no braço, logo ao lado de outra, onde está escrito: “Sou capaz de matar por Amor”. Maria teria chegado a engravidar, mas foi morta a tiros antes de dar a luz. Pedrinho encontrou Maria morta dentro de casa. Em busca de vingança ele matou e torturou várias pessoas, tentando descobrir os responsáveis. Não conseguiu, até que o mandante, um antigo rival, foi delatado por uma ex-mulher. Pedrinho e quatro amigos o visitaram durante uma festa de casamento. Deixaram um rastro de sete mortos e 16 feridos.

Nessa época Pedrinho Matador tinha apenas 14 anos. Assim como 4 em cada 5 presidiários, Pedro possui baixa escolaridade. Ele nunca teria frequentado a escola.

Após esses dois assassinatos o criminoso se refugiou em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde montou um bando e começou a roubar pontos de vendas de drogas e a matar traficantes. Conheceu a viúva de um líder do tráfico, apelidada de Botinha, e foram viver juntos. Assumiu as tarefas do falecido e logo foi obrigado a eliminar alguns rivais, matando três ex-comparsas. Morou ali até que Botinha foi executada pela polícia. Pedrinho escapou, mas não deixou a venda de drogas. Logo em seguida ele montou o próprio negócio e recrutou um bom número de soldados.

Nessa época Pedrinho teria conhecido o grande amor de sua vida - Maria Aparecida Olímpia. Pedrinho declarou que ainda hoje ama Maria, tendo ele feito uma tatuagem com seu nome no braço, logo ao lado de outra, onde está escrito: “Sou capaz de matar por Amor”. Maria teria chegado a engravidar, mas foi morta a tiros antes de dar a luz. Pedrinho encontrou Maria morta dentro de casa. Em busca de vingança ele matou e torturou várias pessoas, tentando descobrir os responsáveis. Não conseguiu, até que o mandante, um antigo rival, foi delatado por uma ex-mulher. Pedrinho e quatro amigos o visitaram durante uma festa de casamento. Deixaram um rastro de sete mortos e 16 feridos.

Prisão

Pouco depois de completar 18 anos, com várias mortes nas costas, Pedrinho finalmente foi preso, denunciado pelo pai de uma das muitas namoradas. Atrás das grades ele perdeu contato com sua quadrilha, ganhou fama de matador e aprendeu a ler e a escrever. Além de se aperfeiçoar na capacidade de eliminar o próximo sem sofrer nenhum tipo de perturbação. Pedrinho é a descrição perfeita do que a medicina chama de psicopata – alguém sem nenhum remorso e nenhuma compaixão pelo semelhante. Os psiquiatras Antonio José Elias Andraus e Norberto Zoner Jr., que o analisaram em 1982 para um laudo pericial, escreveram que a maior motivação de sua vida era ‘a afirmação violenta do próprio eu’. Diagnosticaram ‘caráter paranoico e anti-socialidade’.


Desde que foi preso, Pedro Rodrigues Filhos se transformou num homem temido dentro da cadeia, passando a ser idolatrado por alguns presos e odiado por outros. Logo após dar entrada no confinamento ele foi informado de que seus inimigos (havia traficantes rivais presos que queriam vingar amigos mortos por Pedrinho na época em que ele começou a se organizar) armavam uma emboscada. Pedrinho ficou sabendo também que era fácil comprar de um carcereiro uma faca para defender-se. Tratou de providenciar uma. No meio do pátio, um preso lhe deu o bote. Ao sujeito que o atacou, juntaram-se mais quatro. A multidão fez uma roda para ver o massacre. Depois de alguns minutos de pancadaria, porém, três já estavam mortos e Pedrinho continuava lutando. Assustados, os outros dois fugiram.

O bandido ganhou notoriedade por esse tipo de matança. Mas ele gosta de reforçar sua fama contando outras histórias, muitas das quais não se sabe ao certo se aconteceram ou não.

Um contador de histórias

Como muitos assassinos em série, seus depoimentos costumam misturar realidade e fantasia e boa parte dos cadáveres que se orgulha de ter produzido nunca foi encontrada.

Pedrinho conta, com orgulho, que matou o próprio pai, depois que ele matou sua mãe, desconfiado de traição. Durante uma briga, Pedro Rodrigues matou Manuela, a mãe de Pedrinho, com 21 golpes de facão. A vingança do filho foi ainda mais cruel. Além das facadas, arrancou o coração do pai e comeu um pedaço.

Diz que, para vingá-la, rasgou o peito do pai a facadas e comeu um pedaço de seu coração. O problema é que, em depoimento a um psiquiatra, ele contou outra história. Disse que o pai foi assassinado por familiares de uma amante. Assim como esse, vários relatos feitos por ele têm contradições. Por isso, não se sabe ao certo quantas pessoas ele assassinou.

Em alguns crimes, simplesmente não há registro documental. Na penitenciária, segundo diz, matou um preso apelidado de Raimundão, que extorquia familiares de detentos, e jogou-o no fosso do elevador. Funcionários da instituição se lembram do caso, mas Raimundão não aparece na lista de condenações de Pedrinho. Tudo mostra que o inquérito não identificou o assassino ou a morte foi assumida por outro preso – ‘favor’ que os líderes da bandidagem costumam pedir a membros menos importantes das quadrilhas.

O aspecto que mais chama a atenção na biografia de Pedrinho é a falta de informação. Ele não sabe quase nada a respeito de seus processos. Entrevistado, surpreendeu-se ao saber que constam apenas 18 acusações. ‘Só isso? Não pode ser tão pouco assim’, diz. Muitos documentos antigos desapareceram num buraco negro antes da informatização dos tribunais. ‘O período mais caótico para os registros penitenciários no Brasil são os anos 70. Muitos documentos sumiram e, para fazer um levantamento dos históricos dos criminosos desse período, a fonte mais confiável são os depoimentos verbais’, explica o sociólogo Túlio Kahn, ex-consultor do Ministério da Justiça. Por isso, é provável que Pedrinho tenha matado menos do que diz, porém mais do que aparece em sua ficha, numa mostra de ineficiência da polícia e do Judiciário.

O matador de presos

A história do Matador mostra como o sistema carcerário fez com que um bandido perigoso, com problemas psiquiátricos, tivesse sua condição agravada – tendo como consequência uma matança ainda maior. Com o passar do tempo, Pedrinho começou a puxar a faca por motivos cada vez mais fúteis. Toda vez que foi transferido – para nove instituições diferentes - Pedrinho cometeu mais crimes. Em 1985, teve a honra de inaugurar o Centro de Readaptação de Taubaté, o Anexo, um regime especial para os presos que não se adaptam a lugar nenhum. De 1992 a 2002, ficou completamente isolado, numa espécie de solitária, onde só tinha contato com os carcereiros. Distraía-se jogando paciência e fazendo ginástica. Pouco depois, Pedrinho voltou para a Penitenciária do Estado, onde tem comportamento classificado como ‘exemplar’. É o coordenador da limpeza da escola, diz que está mais calmo e que, de inimigo, só tem o Maníaco do Parque, que jurou matar porque não admite violência contra mulheres.

O ataque é rápido, a chance de reação, mínima. Com uma das mãos no queixo, a outra agarrada aos cabelos, ele desloca a cabeça da vítima para cima e para o lado, quebrando-lhe o pescoço. A morte é instantânea. Pedro Rodrigues Filho é um dos mais cruéis assassinos do País, não precisa de arma para matar. Usa as mãos e a força do seu corpo.

Oficialmente, ele matou 71 pessoas, 40 delas dentro das prisões. Um dos grandes desafeto de Pedrinho é Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, assassino confesso de ter matado dez jovens. “Se eu chegar perto, a vida dele acaba em dois minutos”, ameaça.

O ódio ao motoboy não é pessoal. Pedrinho executou dezenas de estupradores nesses 27 anos em que está preso. O que ele não admite é violência contra mulheres e crianças. Sua mulher foi assassinada por traficantes no sétimo mês de gravidez. Mas ele não gosta de falar sobre o caso. “Só acho que um cara como o motoboy não merece viver.”

O diretor da Casa de Custódia, José Ismael Pedrosa, não acredita que Pedrinho consiga cumprir sua promessa. Os detentos passam a maior parte do tempo trancados e tomam banho de sol isolados. “Mesmo que o Pedro consiga sair da cela, ele não vai saber onde encontrar o Francisco”, diz o diretor. “Além disso, os dois estão sempre acompanhados por guardas penitenciários.”

A Casa de Custódia, ou “Piranhão”, na gíria local, é um presídio de segurança máxima. A eficácia de seus métodos de isolamento está comprovada. Desde que foi transferido para Taubaté, Pedrinho não conseguiu matar ninguém. Não que não tenha tentado. Ele atacou um companheiro na época em que os detentos almoçavam juntos – hoje cada um come em sua cela. Já estava com o pé sobre o pescoço da vítima, quando resolveu acatar o apelo do diretor. “Ele só não morreu porque o doutor Pedrosa chegou e pediu para eu parar”, recorda. O homem que mata com frieza mostra respeito pelo diretor e pelos guardas do presídio. Nunca encostou o dedo neles. “Eu só mato canalhas.”

O matador costuma estrangular suas vítimas. Mas reconhece que gosta de provocar dor. Numa prisão de Araraquara, no interior de São Paulo, degolou com uma faca sem fio o homem acusado do assassinato de sua irmã. “Ele era meu amigo, mas eu tive de matar.”

Os dias são iguais na Casa de Custódia. Pedrinho acorda às 5h, toma café e faz seus exercícios até às 9h. Depois do banho, costuma ler até a hora do almoço. Gosta de Sidney Sheldon, mas está lendo Raízes, do norte-americano Alex Haley. Faz a digestão escrevendo em seu diário. Às 15h, desce para tomar banho de sol no pátio do pavilhão, sempre acompanhado por dois guardas, enquanto todos os outros presos estão recolhidos. Vai dormir por volta de 19h30.

O matador ganha a liberdade

Condenado a 128 anos, que se tornam quase 400 anos levando em conta os crimes cometidos dentro dos presídios, Pedrinho deveria deixar a prisão em 2003, ano em que completa três décadas de reclusão. “O período máximo que uma pessoa pode ficar presa no Brasil é 30 anos, de acordo com o Código Penal”, diz o criminalista Alberto Marino. “O artigo 5.º da Constituição proíbe a prisão perpétua”, afirma.

Pedrinho quer a liberdade para refazer sua vida ao lado da namorada, cujo nome ele não revela. Eles se conheceram trocando cartas, há um ano e meio. Depois de cumprir pena de 12 anos por furto, ela foi solta e visitou Pedrinho em Taubaté. O diretor do presídio confirma o encontro: “Ela parecia bem apaixonada”.

Para ganhar a vida honestamente fora da prisão, Pedro quer trabalhar em um matadouro. Quando era garoto, em Minas Gerais, trabalhou num pequeno abatedouro de aves. Ele é o primeiro a admitir que não sabe fazer outra coisa.

Após permanecer 34 anos na prisão, foi solto no dia 24 de abril de 2007. Informações da inteligência da Força Nacional de Segurança indicavam que ele foi para o Nordeste, mais precisamente para Fortaleza no Ceará. No dia 15 de setembro de 2011 a mídia catarinense publicou que Pedrinho Matador foi preso em sua casa na zona rural, onde trabalhava como caseiro, em Balneário Camboriú, litoral catarinense.

Novamente preso

Pedrinho Matador foi recapturado em 14 de setembro de 2011, na cidade turística de Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina. O criminoso foi detido em casa por volta das 11h, por agentes policiais civis da Divisão de Investigações Criminais da cidade de Balneário Camboriú. O agente policial civil que o localizou conta: "recebi informações anônimas que Pedrinho Matador estaria escondido em um sítio no município de Camboriú. De posse desta informação foram efetuadas diligências para localizar com maior precisão o local onde Pedrinho estaria e se realmente era o referido. Confirmada a informação nos deslocamos até a região e efetuamos a prisão.".

Segundo a delegada Luana Backes, da Divisão de Investigações Criminais de Balneário Camboriú, Pedrinho Matador já cumpriu a pena pelos homicídios — mais da metade cometidos dentro da cadeia — mas foi condenado novamente em agosto de 2011 por participação em seis motins e por privação de liberdade de um agente carcerário durante uma das rebeliões.