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Queimada Grande - A Ilha das Cobras

01Ilha da Queimada Grande é uma ilha localizada a cerca de 35 quilômetros do litoral do estado de São Paulo. Desabitada, tem acesso proibido e restrito a analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão federal que administra as unidades de conservação do Brasil, bem como a cientistas autorizados por essa Instituição.


Isso acontece porque a Ilha da Queimada Grande é um enorme serpentário natural. O  local conta com diversas cobras, de vários tamanhos. Venenosas e não venenosas.



Características


A ilha possui aproximadamente 430.000m², topografia irregular e altitude máxima de 206m. A profundidade ao redor está em torno dos 45m. Não possui praias, somente costões rochosos. Um farol automático está instalado na parte mais plana da ilha, mantido e conservado pela Marinha.


A ilha está a 18 milhas náuticas (aproximadamente 30 km) da costa de Itanhaém e Peruibe, e apresenta difíceis condições de desembarque e difíceis condições para fundeio de embarcações. O desembarque não é aconselhado e até mesmo foi proibido pela Marinha do Brasil devido a grande quantidade de cobras, especialmente a Jararaca-ilhoa, espécie endêmica da ilha. Segundo alguns cientistas, a cobra venenosa com a peçonha mais potente do mundo. Outro motivo para a inibição do desembarque é a preservação da fauna e flora da ilha.


A denominação «Queimada Grande» tem origem no fato de, no passado, eventuais visitantes (sobretudo pescadores da região) atearem fogo na vegetação costeira para afugentar as serpentes e então poder desembarcar em terra firme.


As águas ao redor da ilha contam com variadas espécies de peixes como garoupas, budiões e caranhas, além de eventuais visitas de outras espécies, como tartarugas-marinhas. Apesar disso, não é incomum a prática de pesca amadora de arremesso e de mergulho, apesar de a visitação à área ser restrita pelo Instituto Chico Mendes. Ao sul, no Parcel de Fora, em profundidades variando de três a trinta metros, existem espécies de maior porte.


Fauna


Há o interesse, por parte de cientistas, ONGs, mergulhadores e outros, de transformar a ARIE da de Queimada Grande em um Parque Nacional Marinho. A intenção é aumentar a proteção da parte marinha, numa faixa de 2 milhas náuticas no entorno da ilha, onde existem corais e espécies vulneráveis da fauna marinha, como tartarugas e peixes, como a caranha, os quais não estão incluídos na proteção do decreto de criação da ARIE. Há o registro da reprodução da Caranha no entorno da ilha, em 2003, por pesquisadores da Conservação International


Queimada Grande tem espécies ameaçadas de extinção, como a dormideira-da-Ilha-da-Queimada-Grande, além de algo em torno de trinta outras espécies de aves, das quais a mais abundante é a corruíra. Há ainda pelo menos três espécies de anfíbios endêmicos e três de lagartos, além de dois tipos de cobras-cegas e setenta espécies de aranhas, as quais foram todas catalogadas.


Serpentário Natural


Queimada Grande é também é conhecida como «Ilha das Cobras», não sendo aconselhado o desembarque devido ao elevado número de serpentes da espécie jararaca-ilhoa (Bothrops insularis).


O desenvolvimento dessa espécie endêmica da ilha foi devido ao isolamento geográfico submetido após a última glaciação no final do Pleistoceno. Isolada numa ilha rochosa com cadeia alimentar baseada em aves, a jararaca passou a subir em árvores, o que não é natural nas espécies do continente. Entretanto, estudos relacionando filogenia e hábitos alimentares demonstram que a jararaca-ilhoa possui uma mudança em sua dieta, com os indivíduos jovens alimentando-se de anfíbios e lagartos e os adultos apenas de aves migratórias. Seu veneno tornou-se mais potente para garantir a morte imediata da presa que, se demorasse para morrer, poderia acabar por se afastar em voo.


A ilha é considerada no meio científico como o maior serpentário natural do mundo, já que existem cerca de cinco serpentes por metro quadrado na ilha.


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