Esquadrão da Morte (EM) é uma esquadra militar armada, polícia, insurgentes e terroristas que conduzem execuções extrajudiciais, assassinatos e desaparecimentos forçados de pessoas como parte de uma guerra, campanha de insurgência ou terror. Essas mortes são significativas e tem um objetivo bem definido: evitar a identidade de um assassino ou grupo de assassinos para evitar a "prestação de contas".
Os EM são frequentemente ligados a violenta repressão política de governos totalitários, ditaduras ou governos similares. Normalmente recebem o apoio do Estado. EM podem incluir uma força policial secreta, grupo paramilitar ou unidades oficiais do Governo. Também podem ser considerados como "grupos justiceiros".
Os EM e Execuções Extrajudiciais são comuns no Oriente Médio (principalmente na Palestina e no Iraque), América Central, Afeganistão, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, Jamaica, Kosovo, Uzbequistão, Filipinas, partes da África Equatorial, da América Latina e da Tailândia.
Esquadrão da Morte de El Salvador - O EM assassina qualquer pessoa que represente uma ameaça política. El Salvador é dominada pela violência. Um país dominado por uma política fraca, uma sociedade fraturada e um sistema de polícia extremamente fraco. O EM de El Salvador teve início em 1910, quando a Guarda Nacional (GN) foi formada para proteger os interesses dos proprietários de terra. Eles ficaram conhecidos como "instrumentos locais de terror". Em 1932, com a ajuda dos grupos paramilitares e do exército, a GN levou a cabo o massacre que ficou conhecida como La Matanza. Preocupados em garantir a própria sobrevivência, os agricultores criaram grupos antigoverno. O Governo reagiu formando uma fila com esses agricultores e executando-os. Esse segundo massacre matou entre 20 e 30 mil camponeses, com o único propósito de sufocar uma insurgência rural. Em 1963, os EUA ofereceu ajuda ao então presidente de El Salvador, enviando 10 membros das Forças Especiais para formar um Esquadrão da Morte Paramilitar. Esse EM obteve informações privilegiadas e cometeu assassinatos políticos. Sabe-se que o EM de El Salvador destrói vilarejos inteiros por acreditar que estão escondidos grupos guerrilheiros. Os EM atuam abertamente por toda a América Central.
Roberto D'Aubuísson foi um major Salvadorenho. D'Aubuisson é considerado o fundador de vários Esquadrões da Morte Salvadorenhos. Milhares de Salvadorenhos acusados de serem comunistas ou de servirem de base para militância social subversiva foram torturados e assassinados de forma truculenta por grupos renegados dentro do exército. Os Esquadrões da Morte receberam patrocínio principalmente dos grandes latifundiários, e durante toda a sua existência militares de patentes altas e médias foram cruciais em suas atrocidades.
O próprio D'Aubuisson participava de torturas. Vários prisioneiros políticos o chamavam de Major Soplete graças ao intenso uso dele de Maçaricos nas sessões de tortura. Ainda assim, D'Aubuisson conseguiu forte apoio de vários americanos -em especial do Senador Jesse Helms.
Roberto D'Aubuísson, o criador de vários Esquadrões da Morte
Ele também foi acusado de matar Monsenhor Oscar Romero, um membro do clero católico. El Salvador era extremamente pobre e católico, e até setores mais conservadores da Igreja se botavam ao lado dos pobres contra a truculência do governo.
A oposição de Oscar Romero, se destacou, e ele foi morto por isso. Enquanto estava em uma missa. Graças a conversas gravadas, há um consenso geral do envolvimento de D'Aubuisson em sua violenta morte, inclusive de que ele teria feito uma rifa para dar dinheiro ao colega que o matasse primeiro, mas ele morreu antes que pudesse ser julgado. Um dos slogans de D'Aubuisson era "Sea un patriota, mate un cura".
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