Aglomerando - Agregador de conteúdo

Matmata - Cidade Subterrânea

Matmata é uma aldeia Berbere (povos do Norte da África que falam as línguas Barbares) do sul da Tunísia. O povoado ficou famoso por suas casa "trogloditas" (nome de designa um homem, grupo de homens ou animais que habitas cavernas) escavadas nas rochas. As casas trogloditas típicas da aldeia são construídas escavando uma caverna numa encosta ou uma grande cova circular no solo. Nesse último caso, são escavadas salas em volta do perímetro inferior do poço. Algumas das casas maiores têm várias covas, ligadas por uma espécie de trincheira. Situados ao sul do Chott el Jerid (maior lago salgado da Tunísia), os montes de Matmata dominam a vasta planície de Djeffara e constituem uma cuesta (relevo assimétrico) com 515 metros de altura.


Origens de Matmta

A origem do lugar é desconhecida, a não ser pelas histórias contadas de geração em geração. Segundo uma dessas histórias, as casas subterrâneas foram inicialmente construídas quando, depois das Guerras Púnicas, os romanos enviaram duas tribos para se estabeleceram na região de Matmata com a permissão de matar quem quer que fosse que atravessasse no seu caminho. Os habitantes da região tiveram que deixar duas casa e escavar grutas no chão para se esconderem dos invasores, mas deixavam seus abrigos subterrâneos durante a noite para atacarem os invasores, uma técnica que parece ter dado resultado, pois os invasores acabaram abandonando Matmta. Outra lenda conta que os invasores foram mortos por mortos que emergiram de debaixo da terra. Em qualquer das versões, os habitantes permaneceram escondidos numa área que foi muito perigosa durante séculos e praticamente ninguém sabia de sua existência até 1967.


A sobrevivência nas severas condições locais era muto difícil, pelo que era costume dos homens da aldeia procurar emprego sazonal nos olivais do note entre a primavera e o outono. Geralmente eram pafos com azeite, que trocavam por outros bens, o que lhes proporcionava alimentos, roupas e outros bens que eles necessitavam.


Pouco depois da independência, em 1956, o governo tentou convencer as populações montanhesas a instalarem-se nas novas cidades construídas no Planalto Aradh, mas a maioria preferiu ficar onde estava, perto de suas hortas empoleiradas nas montanhas. Não muito mais tarde, terremotos e  grandes cheias ocorridas entre as décadas de 60 e 70, que destruíram grande parte das casas trogloditas, muitos habitantes acabaram mudando-se para as novas cidades. O senso de 2004 estimava uma população total de 1800 pessoas.