Magdalena Solis é uma serial killer e membro de um culto
mexicano, responsável por orquestrar vários assassinatos que envolvem o
consumo do sangue das vítimas. Ela foi condenada a 50 anos de prisão, culpada
por dois. Mas há indícios que esse número foi bem maior. Estima-se pelo menos
8. Os assassinatos foram cometidos em Monterrey - México.
Magdalena vem de família pobre e iniciou
uma carreira profissional, como prostituta, muito jovem. Seu irmão, Eleazar Solis, atuava como seu
cafetão. Ao entrar para a seita, logo após casar-se com Cayetano
Hernandes, Magdalena desenvolveu uma psicose teológica muito forte. Ela era uma fanática
religiosa, que sofria delírios, inclusive sexuais que foi expressa no
consumo de sangue de suas vítimas e na crueldade do sadomasoquismo com que praticava seus assassinatos.
Também praticava a pedofilia, incesto e fetiches. Magdalena era uma assassina
organizada e predadora sexual. Foi uma das poucas mulheres serial killer
que tinha motivação sexual explícita.
A SEITA SOLIS
Magdalena entrou para a seita no início de
1963. E entrou como uma falsa deusa, para dar realidade às falsas promessas de
seu marido e seu cunhado. Alguns meses antes, no fim de 1962, os irmãos
orquestraram um plano para resolver seus problemas financeiros. Para por em
prática, foram a um povoado, nas extremidades de Monterrey e lá puseram em
prática seus planos. A prática de abuso sexual e os cultos eram constantes.
Logo em seguida, dois adeptos à seita tentaram sair, mas foram assassinados.
Após esses primeiros assassinatos, a seita
evoluiu e seus rituais satânicos ficavam mais brutais e mais perfeitos a cada
assassinato cometido. A partir desse momentos, os assassinatos passaram a ser
feitos com estrangulamentos, esquartejamentos e queimaduras. Nesse momento, o
sangue das vítimas passou a ser depositado em um copo e misturado com sangue de
galinha. O ritual também fazia uso de entorpecentes como a maconha.
Madalena bebe o primeiro gole do cálice e
logo passa aos outros sacerdotes (os irmãos Hernandes e Eleazar Solis) e
membros da seita. E a matança prosseguiu dessa forma, violenta e sanguinária,
por mais seis semanas. A crença maior da seita estava na mitologia. A sacerdotisa e seus sacerdotes acreditavam fielmente que Magdalena era a reencarnação
de uma deusa asteca e
ressaltavam que o único alimento digno dos deus era o sangue humano.
Era maio de 1963 quando um adolescente de
14 anos, em silêncio, presenciou um dos rituais da seita. Em seguida colocou-se
a correr por 25 km até o povoado mais próximo e avisou a polícia, que não
acreditou nas declarações do garoto. Na manhã seguinte, um dos policiais levou
o garoto para sua casa. No caminho, mostrou ao policial onde havia visto o
assassinato. Essa foi a última vez que eles foram vistos.
PRISÃO E CONDENAÇÃO: O FIM DA SEITA SOLIS
Com o desaparecimento dos dois, a polícia
começou a levar a sério a possibilidade de uma seita satânica e começou a
investigar o caso. Em 31 de maio de 1963, juntamente com o exércio,
a polícia montou uma operação no povoado onde agia a seita. Madalena e Eleazar
Soliz foram presos em uma
fazenda, portando grande quantidade de maconha. Santos
Hernandez foi baleado, e
veio a falecer, por resistir a prisão. Caetano Hernandez foi assassinado por um dos membros da
seita, que acreditava na proteção divina por carregar em seu corpo o sangue de
um sacerdote. Tempos depois, os corpos do garoto e do policial
foram encontrados nas proximidades da fazenda onde os irmãos Solis foram presos. Um dos corpos estava sem
o coração e ambos estavam esquartejados.
Magdalena e Eleazer Solis foram julgados por 8
assassinatos, mas apenas dois (do garoto e do policial) puderam ser ligados a
eles, uma vez que os outros membros da seita, que estavam presos, se negaram a
depor. Os irmãos Solís foram condenados a 50
anos de prisão e os
outros membros da seita, a 30.