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Canibalismo - O Ritual Macabro

Canibalismo, ou Antropofagia, é o ato de comer uma ou várias parte de um ser humano. Os povos canibais acreditavam que iriam adquirir as habilidades e a força das pessoas que comiam. Conforme afirmam alguns antropólogos e arqueólogos, a pratica do canibalismo era encontradas na África, América do Sul, América do Norte, Ilhas do Pacífico Sul e nas Caraíbas (Caribe ou Antilhas). A maioria dos casos consiste num tipo de ritual religioso/mágico como forma de prestar respeito e desejo de adquirir suas características. Um dos grupos canibais mais famosos são os astecas, que sacrificava  seus prisioneiros de guerra e comiam alguns deles.


Os poucos casos de canibalismo moderno estão ligados a situações-limite, onde o principal objetivo é a sobrevivência perante uma situação de morte. Mas como antigamente, na história moderna também há casos de canibais que matam e comem seres humanos pelo simples prazer de comer carne humana.

Em 1846, um grupo de 90 pessoas ficou preso em uma nevasca no alto de Serra Nevada, na Califórnia. Os sobreviventes tiveram que comer a carne de seus companheiros mortos para permanecem vivos. Uma história semelhante ocorreu em 1972 quando um voo da Força Aérea, que transportava 46 pessoas, despencou na Cordilheira dos Andes. Com o rápido término do estoque de comida, os sobreviventes se viram obrigados a comer a carne de seus companheiros mortos.






CANIBALISMO COMO RITUAL


Os líderes tribais das ilhas Fiji comiam a carne de pessoas consideradas especiais em sua comunidade. Para isso, eles usavam talheres próprios e que não podiam ser utilizados para qualquer outro tipo de alimento. Os habitantes da Ilha de Páscoa gostavam muito de carne humana. Os banquetes eram promovidos em locais isolados e apenas os homens podiam participar. Em 2012, no Haiti (Ilhas Caraíbas), um grupo de haitianos matou e comeu uma garota de 12 anos em uma cerimônia voodoo.


No meio do caminho, entre a sobrevivência e o início dos rituais, está o caso de Papua Nova Guiné. Para compensar a carência de proteínas, as pessoas passaram a realizar um ritual onde os homens ficavam com os músculos e as mulheres e crianças com o cérebro de membros da própria sociedade que haviam morrido.  O canibalismo é praticado desde os finais do século XIX e, supostamente, terminou com a colonização na década de 1950. No final do século XX, foi descrito uma doença, chamada Creutzfeldt-Jakob, uma doença que a carne humana crua causa em quem a come, que confirma a prática do canibalismo.






Existem dois tipos básicos de canibalismo. O primeiro é o canibalismo póstumo, onde a carne humana pertence a pessoas já falecias. O segundo é o Canibalismo Bélico Sociológico, onde as pessoas comem a carne de seus inimigos. Nesse contexto, o canibalismo assemelha-se à caça como forma de guerra numa perspectiva estabelecida pela mitologia indígena.

CASOS EXTREMOS DE CANIBALISMO MUNDIAL


Numa perspectiva psicanalítica, tal prática está associada aos bizarros comportamentos da psicose e perversão sádico - psicopática. Freud referiu-se algumas vezes à essa manifestação patogênica inclusive co-denominando a fase oral por fase canibalesca enquanto um conjunto (complexo) de pulsões. Em sua avaliação do processo civilizatório, situa o canibalismo como um comportamento possivelmente controlado, ao lado dos desejos instintuais do incesto e da ânsia de matar, desejos inconscientes que ameaçam o indivíduo e a civilização e que todos parecem unânimes em repudiar. Apesar desse repúdio, eventualmente se registram ocorrências de tal manifestação patológica. No século 19, aconteceu em Porto Alegre, um crime que recebeu o nome do "caso do linguareiro". O casal José Ramos e Catarina Palsen foram presos acusados de atrair e matar homens para posteriormente produzir linguiças que seriam vendidas no seu açougue. 


O alemão Fritz Haarmann, conhecido como o vampiro de Hanôver, foi condenado em 1924 pelo assassinato de 30 garotos. Ele fazia salsicha da carne dos meninos, não somente para consumo próprio, como também para venda.


No passado, alguns casos famosos de canibalismo foram também associados a um contexto sexual. Por exemplo, nos Estados Unidos, durante a década de 1920, Albert Fish estuprou, matou e devorou várias crianças, alegando ter tido um grande prazer sexual resultante de seus actos. O russo Andrei Chikatilo, que matou pelo menos 53 pessoas entre 1978 e 1990, também era praticante do canibalismo com conotações sexuais.



Chikalito durante seu julgamento, preso em uma jaula


O estadunidense Jeffrey Dahmer (Leia mais), conhecido também como o "Canibal de Milwaukee", assassinou e devorou suas vítimas entre 1978 e 1991 (sendo a maioria dos assassinatos ocorridos entre os anos de 1989 e 1991). Suas vítimas eram homens que haviam tido relações sexuais com Dahmer. Foi preso em 22 de julho de 1991 e condenado à prisão perpétua em 1992. Em 28 de Novembro de 1994, Dahmer e outro preso foram atacados de surpresa e espancados até à morte por Christopher Scarver, outro preso, diagnosticado como psicótico. Dahmer morreu a caminho do hospital, devido a vários traumas na cabeça por um haltere.





Em 2002, a polícia alemã encontrou na casa de Armin Meiwes (Leia mais), técnico de informática residente em Rotenburgo, em Hessen, pedaços de um corpo humano no frigorífico. Tratava-se de Bernd-Jürgen Brandes, de 43 anos, que o procurara em resposta a um anúncio colocado por Meiwes na internet procurando por "jovens corpulentos entre 18 e 30 anos para abate". Além de matá-lo, Meiwes cortou seu pênis e comeu-o flambado. Meiwes contou à polícia que Brandes concordou que partes de seu corpo fossem cortadas e cozidas. Depois de terem comido juntos, Brandes teria concordado em ser morto.




CANIBALISMO NO BRASIL


A antropofagia praticada pelos grupos tribais do Brasil revestia-se de caráter exclusivamente ritual. As notícias fornecidas pelos cronistas do século XVI dão conta de sua importância na organização social indígena como fator indispensável aos ritos de nominação e iniciação. Estas sociedades eram estruturadas em função da guerra, essas tribos desenvolveram uma escala de estratificação social em que a aquisição de status baseava-se fundamentalmente na capacidade de perseguir e matar o maior número possível de inimigos.


O adversário capturado vivo era conduzido à aldeia dos vencedores e ali mantido prisioneiro durante um período no qual todas as honras e privilégios lhe eram concedidos: era designado uma mulher para lhe fazer companhia e os melhores alimentos eram colocados a sua disposição. Durante vários dias, preparavam-se a festa em que o prisioneiro seria executado segundo cerimônia solene. A execução, com violento golpe de borduna, cabia a quem o houvesse capturado, podendo ser por este transferido a alguém merecedor de tal obséquio, em sinal de agradecimento ou homenagem.







Ao prisioneiro, competia manter-se altivo e valente, retrucando as provocações e insultos numa demonstração de total indiferença ante o fim próximo. O executor ganhava, então, direito ao uso de mais um nome, e seu corpo era incisado de modo indelével, para que se perpetuassem a sua coragem e o seu valor. Dessa forma, acreditavam que, ao comer a carne de um inimigo guerreiro, iriam assim adquirir o seu poder, seus conhecimentos e as suas qualidades.


Com a vinda dos missionários jesuítas, esses costumes foram fortemente combatidos, por serem incompatíveis com os valores e padrões da sociedade europeia. O costume de comer carne humana foi proscrito e reprimido pela força, com grave dano para um tipo de organização social em que a antropofagia desempenhava relevante função como processo de aquisição de prestígio e ascensão social. Hoje em dia, a tribo dos ianomâmis ainda conserva o hábito de comer as cinzas de um amigo morto em sinal de respeito e afeto.

A SEITA AGHORI


Aghori foi uma seita tântrica da mão esquerda do período medieval indiano. Esta seita se estabeleceu no século XIV baseava seus princípios nos textos tântricos de ordem ascética de Kapalika. Seus seguidores conhecidos como Aghori panthis, foram considerados desapreciativos por suas praticas excêntricas, tais como usar crânios humanos como taças e usá-las em rituais em crematórios. Eles acreditam que comer a carne humana deixam eles mais corajosos ao enfrentar a morte ,já que o maior medo do ser humano é a morte, e a pessoa fazendo o ritual de canibalismo estaria sendo mais “puro” aos olhos do deus Shiva.

Mas os Aghoris não devem ser confundidos com os shivnetras, que também são devotos fervorosos de Shiva, mas não levam a práticas rituais de extrema adoração conhecida em certa medida, tamásicos (rituais envolvendo alguns ou todos os seguintes: comer carne, beber álcool, o consumo de bebidas e alimentos com opiáceos, alucinógenos e produtos de cannabis como ingredientes principais, o canibalismo, residente em locais de cremação e os rituais tântricos sexual). Embora eles mantêm laços estreitos com o shivnetras, Netras são um completo oposto do Aghoris e são puramente sáttvico na natureza e na adoração.



Em essência, Aghoris baseiam suas crenças em dois princípios: que Shiva é perfeito e que Shiva é o responsável por tudo. Shiva é considerado responsável por todos, o animal da árvore, pedra, e do pensamento. Por conseguinte, tudo o que existe deve ser perfeito, e negar a perfeição de qualquer coisa seria negar a sacralidade de toda vida em sua plena manifestação, bem como negar a Deus/Deusa e perfeição dos semideuses.

Os rituais e histórias sobre canibalismo ultrapassam gerações, extrapolam o tempo e permanecem vivas durante os séculos, sociedades e histórias... No documentário a seguir, você pode acompanhar com mais detalhes essas histórias e rituais canibalísticos. O vídeo foi retirado do canal do blog Assustador.








Fontes: Wikipédia, Lucas Rok1s Blog, Assombardo (vídeo retirado do canal do blog no youtube)