Elizabeth Barthory foi uma
condessa obcecada pela beleza e pela juventude. Possuía verdadeiro terror ao
futuro certo: envelhecer! Elizabeth nasceu na República
Eslovaca em 1956. Elizabeth pertencia a uma família rica e
poderosa. Durante sua infância recebera uma educação impecável, aprendendo
vários idiomas e uma conduta memorável. Porém Elizabeth não
teve uma infância feliz. Vivia em uma época de guerras e possuía a saúde
frágil. Aos 9 anos de idade, sua casa foi invadida e ela presenciou uma cena
que, provavelmente marcou toda sua vida: viu suas irmãs mais velhas serem
estupradas e assassinadas.
Seu pai, George Barthory, Rei
da República Eslovaca, era famoso por aplicar severos castigos a todos os
que cometiam delitos no país.Elizabeth possivelmente assistiu
alguns desses castigos impostos pelo pai. Ela demostrava certo entusiasmo ao
presenciar essas cenas. Em 1975, Elizabeth casa-se com Fernec
Nadasdy, e para manter sua posição social, Elizabeth mantém seu
sobrenome. Essa união marca a vida da Condessa para sempre. Seu marido era um
importante guerreiro e temido pelas tropas inimigas por sua brutal violência. Nadasdy ensina
a Elizabeth muitas de suas técnicas de tortura. O objetivo de Nadasdy era
que sua esposa aplicasse essas técnicas no empregados desobedientes, mas o que
ele não sabia era que ela aplicava essas técnicas fora de casa.
Em uma época em que castigar a
criadagem era normal, Elizabeth era considerada a mais cruel
de todas, chegando a inventar motivos para castigar sua criadagem. Era
comum, na época, enfiar agulha entre os dedos, atacá-los com mordias e
dilacerar sua carne. Acredita-se ainda que a punição imposta pela Condessa variava
de acordo com a estação do ano. No inverno, por exemplo, ela mandava o
subordinado a despir-se e serem jogados sobre o gelo e ainda receber um banho
de água fria. No verão, ordenava que os desobedientes fossem amarrados em
árvores e cobertos de mel, para que os insetos os comessem vivos.
Mas os acontecimentos de sua infância
não foram os únicos a influenciar a vida de Elizabeth. Na sua
adolescência, seu irmão Shephen Bartory era alcoólatra e
possuía um comportamento libertino. Seu tio fora acusado de práticas de magia
negra e de participar de cultos ao demônio. Sua tia era uma bissexual que
cometia os atos mais vis com sua criadagem, como propósito de divertir-se. Esta
última estava intimamente ligada a Elizabeth e não apenas pelo
parentesco. Alguns dizem que a Condessa mantinha um
relacionamento lésbico com a tia.
Não fosse pelos cúmplices de Elizabeth
Bartory, seus crimes seriam descobertos rapidamente. Ao todo eram 5 pessoas
que cometiam os mais cruéis e sinistros crimes. Seu marido morrera em 1604 e não
se sabe se ele chagou a conhecer os atos assassinos e libertinos de sua esposa. Fernec era
violento e gostava de torturar seus criados, mas nunca chegou a matar nenhum,
como Elizabeth já havia feito algumas vezes. Muitos
historiadores e pesquisadores da vida da Condessa afirmam que
após um mês da morte de Fernec,Elizabeth voltou a ativa
e ficou conhecida por seus banhos de sangue com o intuito de manter sua beleza
e juventude.
Em 1610 foi planejado um ataque ao
castelo da Condessa, com a finalidade de evitar que ela pusesse fim
ao enorme patrimônio da família Bartory e forma descobertos
alguns corpos de raparigas e uma serviçal da Condessa. Nessa época já se tinha
suspeitas sobre Elizabeth e seus cúmplices, uma vez que várias
raparigas foram enterradas a mando de Elizabeth.
O julgamento fora mera formalidade, uma
vez que a sentença já havia sido dada: Elizabeth Bartory, a Condessa
Sanguinária, viveria exilada e vigiada em seu castelo. Durante o
julgamento, 4 testemunhas foram ouvidas e relataram entre 30 e 60 assassinatos.
Mas uma quinta testemunha apareceu e relatou que esse número era muito maior. A
testemunha foi a mais importante de todas. Essa testemunha recebeu o nome de Senhora
Suzanna e seu relato foi o mais impressionante da história: ela
descreveu com riqueza de detalhe as torturas cometidas por Elizabeth e
seus cúmplices, afirmando que a tia de Elizabeth era tão cruel
quanto a sobrinha; e mais, que havia uma lista onde aparecia o nome de todos os
torturados e assassinados pelo quinteto. A lista fora feita pela própria Condessa e
havia 650 registos. Todos os cúmplices de Elizabeth foram
condenados a morte.
Um dos quartos do castelo de Elizabeth foi
totalmente fechado: janelas e portas cobertas com tijolos e ela dentro. Apenas
um pequeno orifício ficou aberto para passar ar e comida. Elizabeth
Bartory foi encontrada, em agosto de 1614, por um dos carcereiros,
atirada e morta no chão. "Tu, Elizabeth, és como um animal".
A história da sanguinária Condessa virou
filme em julho de 2008.