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O Caso Jundiá

Jundiá, como é conhecido Jacson Nauta de Quadros, de 22 anos, foi preso no início da tarde desta terça-feira (03 de junho) em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos - Rio Grande do Sul. O jovem que em 2008, com apenas 16 anos, confessou 12 assassinatos, seis atribuídos a ele (pela polícia), era procurado pela Justiça desde dezembro do ano passado quando se tornou suspeito de um homicídio na cidade de Portão. No início deste ano, a Justiça de Tramandaí, no Litoral Norte, expediu um segundo mandado de prisão, também por homicídio qualificado.


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De acordo com o delegado Alexandre Quintão, Jundiá foi preso na casa de uma tia no Kephas. Crescido no bairro e com a família ainda vivendo pelas imediações, ele estaria pelo local há duas semanas. A polícia passou 15 dias de campana, observando as ações do jovem, que estava com a ficha limpa até ser acusado pelo homicídio em Portão.



– A gente esperou o momento certo para capturá-lo. Já havíamos visto a moto dele circulando pelo Kephas, mas ainda não tínhamos tido oportunidade – explica o delegado.



Jundiá foi preso logo após o almoço e, junto com dois primos adolescentes, resistiu à prisão. Os jovens teriam tentado tirá-lo de dentro da viatura da Polícia Civil. De acordo com Quintão, os dois foram autuados por desacato. Jundiá será encaminhado ainda hoje ao Presídio Central de Porto Alegre. 


O jovem chegou a ser preso em Caxias do Sul em 2013 por porte ilegal de arma restrita, mas na ocasião ainda não havia suspeita com o assassinato. Depois a polícia descobriu que a arma era a mesma usada para matar um apenado do semiaberto dentro de um ônibus em Portão.


Quem é Jundiá


Jacqson Nauta de Quadros, o Jundiá, hoje com 22 anos, virou notícia internacional em 2008, quando aos 16 anos, confessou ter matado 12 pessoas em apenas oito meses no Vale do Sinos. A Justiça atribuiu a ele, entretanto, a autoria de seis casos. Os demais inquéritos do jovem eram de tentativa de homicídio, receptação e assaltos.


Em um dos homicídios, a Polícia chegou a relatar que o jovem torturou a vítima antes de desferir 20 tiros. Após três anos cumprindo medida socioeducativa na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), de Novo Hamburgo, e com tentativa de fuga em 2009, Jundiá foi liberado, em março de 2011, aos 19 anos, amparado no artigo 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) — segundo o estatuto, uma medida de internação não deve ultrapassar três anos.


Apenas cinco meses após a liberdade, Jundiá se tornou suspeito de sequestrar, torturar e estuprar uma mulher em Novo Hamburgo. Mas, segundo autoridades federais, ele estava sob abrigo de um programa de proteção fora do Rio Grande do Sul na época_ como mantinha relações com vários criminosos, ele foi encaminhado a um programa direcionado a jovens ameaçados de morte. O exame de DNA descartou presença de material genético dele no sêmen recolhido na vítima.


Fonte: Zero Hora

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