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Ordem do Templo Solar

O Ocidente tem assistido ao surgimento de muitas Ordens pseudo-iniciáticas desde o último século que se pretendem herdeiras de Movimentos autênticos do Esoterismo Ocidental. O grande perigo é que a desinformação e a credibilidade cega podem levar seus adeptos a um caminho sem volta, ou até mesmo a um caminho que não leva a lugar algum, o que é muito comum na maioria das vezes. Vejamos o caso da Ordem do Templo Solar, uma Ordem neo-templária e seus fundadores são Joseph (Joe) Di Mambro (ex-A.M.O.R.C.) e Luc Jouret que morreram em assassinatos rituais em 1994.



A Ordem do Templo Solar, previa um “apocalipse” e dizia que apenas uma “elite” sobreviveria, sendo transportada para a estrela Sírius.

Em outubro de 1994, quarenta e oito membros morreram em três suicídios grupais, aparentemente coordenados pelas lideranças. Muitos foram envenenados ou atingidos por armas de fogo. Quatorze meses depois, os corpos carbonizados de treze adultos e três crianças foram encontrados numa floresta francesa, dispostos no chão em forma de estrela. A polícia informou que a maioria havia sido drogada ou alvejada com projéteis na cabeça. Dois homens, tidos como os prováveis assassinos, se suicidaram com tiros de pistola. Outros cinco morreram no Canadá em 1997

A Ordem do Templo Solar e os suicídios coletivos

Em outubro de 1994, quarenta e oito membros morreram em três suicídios grupais, aparentemente coordenados pelas lideranças. Muitos foram envenenados ou atingidos por armas de fogo. Quatorze meses depois, os corpos carbonizados de treze adultos e três crianças foram encontrados numa floresta francesa, dispostos no chão em forma de estrela. A polícia informou que a maioria havia sido drogada ou alvejada com projéteis na cabeça. Dois homens, tidos como os prováveis assassinos, se suicidaram com tiros de pistola. Outros cinco morreram no Canadá em 1997

Muito cedo na vida, Joe Di Mambro ficou interessado pelo esoterismo como também pela espiritualidade. Di Mambro procurava pelo líder carismático que o ajudaria a expandir sua organização.

No início dos anos 80, Di Mambro e Jouret encontram Julien Origas, um suposto antigo agente da Gestapo envolvido com a Ordem Renovada do Templo (O.R.T.), um grupo que combinava idéias de Templarismo e Rosacrucianismo. Em 1981, Jouret se tornou membro da O.R.T., e após a morte de Origas em 1983, se tornou Grande Mestre. Dentro de um ano, porém, ele sai do grupo, levando metade dos membros com ele. Jouret, já envolvido com grupos de Di Mambro desde 1982, era então capaz de preencher a necessidade de Di Mambro como líder carismático para atuar em sua Ordem. Não só possuía carisma, mas também era médico, e como tal seria levado mais seriamente. Juntos, os dois fundaram a Ordem do Templo Solar em 1984. Este plano foi bem sucedido, Jouret desenvolveu centenas de suas conferências e também falou na rádio. A partir de 1983, ele deu conferências na Suíça, França e no Canadá.

No início dos anos 90 uma parcela dos membros começaram a se distanciar do grupo, tanto em termos de assistência como também financeiramente. Os doadores começaram a pedir reembolsos. As pessoas começaram a questionar muitas facetas do grupo, inclusive o próprio filho de Di Mambro, Elie Di Mambro, reivindicou ser somente um o representante dos “Mestres” em Zurique. O próprio Elie começou a duvidar da existência destes “Mestres”.

O mundo de Di Mambro estava se desintegrando. Seus membros leais estavam começando a questionar as práticas do grupo e ele e Jouret não estavam em completo acordo sempre. Di Mambro e Jouret começaram a preparar seu grupo para uma “transição” para outro mundo. As convicções do grupo eram sempre apocalípticas e se radicalizaram.

Embora Di Mambro considerasse o ressurgimento de 1952 como um “primeiro impulso”, o ressurgimento real começou para eles em 21 de março de 1981. Naquele dia, “cavaleiros” renovaram seu juramento de submissão à Ordem do Templo e para o Mestre Oculto que está por vir. Di Mambro teve como uma de suas metas alcançar a “Unidade do Templarismo” e para este propósito reuniu líderes de dois Movimentos neo-templários: Jean-Louis Marsan, convidado, Grande Mestre da O.S.T.S. (Ordre Souverain du Temple Solaire, isto é, Ordem Soberana do Templo Solar) e Julien Origas, Grande Mestre da O.R.T. (Ordre Rénové du Temple). Como Di Mambro, ambos Origas e Marsan, haviam sido conectados com o ressurgimento do neo-templarismo.

A “Unidade do Templarismo” não era alcançada, mas tais reuniões mostraram aos membros destes grupos de neo-templários que estavam em parte interagindo no mesmo ambiente, com cada grupo mantendo suas características específicas. Marsan e Di Mambro conheceram-se naquele 21 de março de 1981. Logo eles se encontrariam em Genebra a fim de discutir uma fusão entre a O.S.T.S. e a O.R.T.. A última havia sido assumida em 1970 por Raymond Bernard, naquele tempo um líder proeminente da A.M.O.R.C., que atuou por um tempo como o Grande Mestre secreto da O.R.T..

Enfim, o resultado com certeza não trouxe nenhuma Iluminação. Mas mais de 50 mortes que não foram nada iniciáticas.

O Fenômeno

Oficialmente, a Ordem do Templo Solar foi fundada por um francês de seu nome Joseph Di Mambro, a que se juntaram logo dois colaboradores próximos de Di Mambro: Luc Jouret, médico belga que vivia na Suíça, e Michel Tabachnik, um reputado músico e maestro que dirigia, até há pouco tempo, uma das principais orquestras sinfónicas da Holanda. Porém, alguns estudiosos do fenómeno da Ordem do Templo Solar são da opinião de que Joseph Di Mambro foi apenas a face visível da fundação do projecto da Ordem do Templo Solar, e que por detrás dele estaria “gente poderosa” que não foi possível identificar de forma concludente devido à natureza secreta dessa organização de respaldo.


Um facto objectivo e comprovado pela Justiça francesa foi o de que, de 1956 a 1970, Joseph Di Mambro fez parte de uma organização secreta francesa: a AMORC, sigla para “Antiga Ordem Mística da Rosa-Cruz”, que como o próprio nome indica, é uma sociedade secreta rosacruciana que se sabe ter ligações muito próximas com a maçonaria e/ou com os Illuminati (estes últimos são uma sociedade secreta que funciona dentro de uma outra sociedade secreta que é a maçonaria).

Para quem não se recorda da história da Ordem do Templo Solar, num mesmo dia do outono de 1994 os mídia relataram um fenómeno de suicídio colectivo, simultaneamente (sensivelmente à mesma hora, descontado a diferença de fusos horários) no Canadá e na Suíça. No Canadá apareceram 5 pessoas mortas por debaixo dos escombros de um incêndio num condomínio de uma estância de ski próximo de Montreal; na Suíça, perto de uma estância de ski nos Alpes, foram encontrados 18 cadáveres numa granja que estava armadilhada para se auto-incendiar, incluindo os cadáveres de Joseph Di Mambro e Luc Jouret. Uma série de fenómenos de suicídios colectivos aconteceu desde 1994 a 1998, num total de 75 vítimas em todo o mundo. Em 1998, o fenómeno foi controlado pela polícia internacional quando descobriram que um psicólogo alemão, membro da Ordem do Templo Solar e anteriormente também ele ligado aos Rosa-cruzes, tinha reunido 29 pessoas nas ilhas Canárias, tendo em vista mais um massacre coletivo.

As pessoas que se suicidaram ou foram assassinadas não eram gente pobre e ignorante: estamos a falar de médicos, arquitectos, psicólogos, engenheiros, técnicos especializados, membros superiores do exército e da polícia, etc., isto é, gente da classe média-alta e gente “racional”, e mesmo gente com fortuna, como sejam empresários e industriais. Tratando-se de gente com formação académica científica e “racional”, este fenómeno assume contornos verdadeiramente inexplicáveis à luz do senso-comum, e por isso, toda e qualquer tentativa de explicação do fenómeno é apodada pelo cidadão comum como mais uma “teoria da conspiração”. A verdade é que não se trata de uma teoria: é mesmo uma conspiração de excrescência maçónica ? não há outra explicação razoável.


Não digo que a maçonaria estivesse directamente ligada ao fenómeno; o que digo é que membros da maçonaria estiveram na base do fenómeno, o que por si só não representa nem compromete toda a maçonaria. Contudo, é sempre estranho que a maçonaria apareça, directa ou indirectamente e de uma forma ou doutra, no mais variado tipo de barbaridades, como aconteceu com a Sociedade de Thule, em que uma grande parte dos seus membros mais proeminentes pertencia à maçonaria regular alemã.

Em 2004, Michel Tabachnik foi absolvido pela Justiça francesa. Não se esperaria outra coisa: quando o “polvo” estende os seus tentáculos protege os membros da organização secreta.

Os Crimes

O maestro suíço Michel Tabachnik, de 58 anos, especializado em música contemporânea, foi julgado por seu envolvimentos com a Ordem do Templo Solar, uma seita que está ligada a morte de 74 pessoas numa série bizarra de suicídios e assassinatos na Suíça, França e Canadá. O músico admitiu seu envolvimento com a seita, mas negou ser um dos líderes ao lado dos patéticos fundadores Joseph Di Mambro e Luc Jouret que morreram em assassinatos rituais em 1994.

A Ordem do Templo Solar, previa um "apocalipse" e dizia que apenas uma "elite" sobreviveria, sendo transportada para a estrela Sírius. Em outubro de 1994, quarenta e oito membros morreram em três suicídios grupais, aparentemente coordenados pelas lideranças. Muitos foram envenenados ou atingidos por armas de fogo. Quatorze meses depois, os corpos carbonizados de 13 adultos e 3 crianças foram encontrados numa floresta francesa, dispostos no chão em forma de estrela. A polícia informou que a maioria tinha sido drogada ou alvejada com projéteis na cabeça. Dois homens, tidos como os prováveis assassinos, se suicidaram com tiros de pistola. Outros cinco morreram no Canadá em 1997.

A justiça indiciou o maestro por ter distribuído instruções doutrinárias da seita que acabaram conduzindo aos crimes. O advogado Francis Szpiner, que defende Tabachnik, diz que seu cliente está sendo usado como "um bode expiatório". O diário France-Soir diz que a primeira esposa do músico, Christine, estava entre os mortos na Suíça.

Investigadores franceses dizem que a Ordem, várias vezes denunciada por científico-espiritualistas como uma grosseira e perigosa farsa, surgiu de um grupo mais antigo, chamado Caminho Dourado e que teve o amparo de algumas Lojas maçônicas.