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A Tragédia do Ônibus Espacial Challenger

Challenger foi um ônibus espacial da NASA. Foi o terceiro a ser fabricado, após o Enterprise e o Columbia . Foi a primeira vez ao espaço em 4 de abril de 1983. Em 28 de Janeiro de 1986, na STS-51-L (sua décima missão), um defeito nos tanques de combustível causou a explosão da Challenger, matando todos seus ocupantes, inclusive a professora Christa McAuliffe, a primeira civil a participar de um voo espacial.



Este desastre paralisou o programa espacial estadunidense durante meses, durante os quais foi feita uma extensa investigação que concluiu por defeito no equipamento e no processo de controle de qualidade da fabricação das peças da espaçonave.

A investigação sobre o acidente com o ônibus espacial foi liderada pelo renomado físico novaiorquino Richard Philips Feynman, que descobriu uma falha nos anéis de borracha que serviam para a vedação das partes do tanque de combustíveis, que apresentava anomalias na expansão quando a temperatura chegava aos 0°C (ou 32°F). Feynman foi a público explanar as causas do acidente que chocou os Estados Unidos e fez uma demonstração em rede nacional e ao vivo.

O ACIDENTE

O acidente do ônibus Challenger ocorreu no dia 28 de janeiro de 1986, durante a fase de decolagem do ônibus espacial, em apenas 73 segundos após seu lançamento da missão STS-51-L, causando a explosão da nave e consequentemente, a morte dos sete tripulantes que estavam a bordo. A nave se desintegrou sobre o Oceano Atlântico ao longo da costa da Flórida, às 16:38 UTC. Sua desintegração total começou quando o O-ring de vedação do lado direito do foguete de combustível sólido (SRB) falhou em pleno ar. A falha do O-ring causou uma quebra do selamento do foguete, permitindo que o gás quente sob pressão de dentro do motor do foguete sólido alcançasse a parte externa e invadisse o anexo das ferragens adjacentes do SRB e do tanque de combustível externo, levando à separação do anexo do lado direito do SRB e a falha estrutural do tanque externo. Forças aerodinâmicas rapidamente destruíram a nave por completo.

Os 7 astronautas que estavam no ônibus
O desastre resultou na pausa por 32 meses do programa de ônibus espaciais e da criação da Comissão Rogers, uma comissão especial nomeado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, para investigar o acidente. A Comissão Rogers investigou a agência espacial da NASA, descobrindo vários processos decisivos que tinham sido fundamentais para a contribuição do acidente. Os administradores da NASA sabiam que a empresa produtora de motores de foguetes, Morton Thiokol, continha uma possível falha produtiva nos O-rings desde 1977, porém, não conseguiram resolver o problema corretamente. Eles também ignoraram os avisos dos engenheiros sobre os perigos de lançamento devido às baixas temperaturas daquela mesma manhã, não informando estes riscos e preocupações técnicas aos superiores.

O compartimento da tripulação e muitos outros fragmentos foram recuperados no fundo do oceano depois de uma longa busca e operações de recuperação dos destroços. Embora o momento exato da morte da tripulação é desconhecida, é descrito que os tripulantes sobreviveram à primeira quebra do ônibus espacial. No entanto, a nave não tinha sistema de escape, e o impacto da cabine da tripulação com a superfície do oceano foi tão violento que seria muito difícil para eles sobreviverem.


O que Rogers não revelou foi o fato da nave nunca ter sido certificada para operar em baixas temperaturas. Os O-rings, bem como muitos outros componentes importantes, não tinham dados testados para suportar quaisquer expectativa de um lançamento com sucesso nas tais condições. John Weems, da estação meteorológica da NASA disse: "Tínhamos preparado uma previsão para o dia seguinte. Sabíamos que os ventos estariam diminuindo, mas a real preocupação, era com o frio intenso que estava na área. Montamos uma previsão de 12 horas para apresentar à gestão da missão, apresentando temperaturas de 24ºF (cerca de –4,4ºC) no plataforma para a manhã seguinte".


O 25º voo do programa do ônibus espacial Challanger teria dois marcos para entrar na história das viagens espaciais, ambos devido à presença da professora–astronauta Christa McAuliffe como tripulante, pois ela seria a primeira mulher, e como tal a primeira "civil" (não astronauta) (2) a ser enviada ao espaço pela NASA. Muito por conta da presença da professora na tripulação, o lançamento foi assistido ao vivo por cerca de 17% da população Norte americana. A repercussão do acidente na mídia, também foi extensa: um estudo relatou que 85% dos norte-americanos entrevistados ​​tinham tomado conhecimento da notícia dentro de uma hora depois da tragédia. O desastre doChallenger tem sido usado como estudo de casos em muitas discussões de engenharia de segurança e ética no trabalho.

No vídeo abaixo, você pode conferir as imagens do desastre que matou os 7 astronautas que estavam no ônibus espacial.